Ricardo Cavalcante disse que o Ceará foi o estado mais impactado pelas medidas adotadas pelos EUA

A Caravana BNDES Brasil Soberano, que percorre o País apresentando as medidas emergenciais do Governo Federal para apoiar empresas atingidas pelo aumento das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, esteve nesta quinta-feira (18) em Fortaleza. O evento reuniu empresários e lideranças do setor produtivo na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) que ouviram atentamente as explicações dos representantes do banco.

O presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, alertou que o Ceará é um dos estados mais impactados, já que metade das exportações locais tem como destino o mercado norte-americano. “São setores como o aço, o pescado, a cera de carnaúba, a castanha de caju e a água de coco, que juntos sustentam milhares de empregos. É fundamental que possamos contar com instrumentos de crédito e apoio emergencial para proteger essas cadeias produtivas”, afirma.

Representantes do BNDES explicam o apoio

O chefe do Departamento de Relacionamento do BNDES, Arthur Rezende ressaltou que o banco executará o braço de crédito do plano, com linhas emergenciais e mecanismos de diversificação de mercados internacionais. “Nosso objetivo é apoiar os exportadores mais impactados pelo aumento das tarifas americanas, garantindo manutenção da atividade econômica, preservação de empregos e adaptação produtiva”, ressalta.

O pacote inclui R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), prorrogação de prazos tributários e apoio em compras públicas. Segundo o técnico Sômulo Mafra, haverá crédito emergencial com prazos de até cinco anos e projetos de diversificação com até sete anos. “São soluções que buscam dar fôlego imediato, mas também preparar o setor produtivo para o futuro”, explica.

Já o gerente Rodrigo Almeida anunciou novas linhas para o Nordeste, incluindo capital de giro para pequenas e médias empresas com limite de até R$ 300 milhões e prazo de cinco anos. Além da ampliação da NIB Nordeste, que já soma R$ 127 bilhões em projetos protocolados, dentro de áreas prioritárias da Nova Indústria Brasil.