2 gigawatts

Casa dos Ventos planeja R$ 12 bilhões em novos parques eólicos e solares até o fim do ano

Por Redação - Em 09/08/2025 às 6:00 AM

Casa Dos Ventos

Cerca de 1,5 GW serão destinados a parques eólicos no Nordeste, com prioridade para áreas menos afetadas por restrições de operação impostas pelo ONS

A Casa dos Ventos, uma das principais geradoras de energia renovável do país, pretende aprovar até dezembro a construção de 2 gigawatts (GW) em novos projetos, divididos entre usinas eólicas e solares. O investimento estimado é de cerca de R$ 12 bilhões, segundo o diretor-executivo Lucas Araripe.

Do total, 1,5 GW serão destinados a parques eólicos no Nordeste, com prioridade para áreas menos afetadas por restrições de operação impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Estamos indo para regiões um pouco menos congestionadas, para nos blindar desse problema”, afirmou Araripe, citando possíveis localizações no Ceará, Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte.

As chamadas “restrições de geração” têm se tornado um dos principais desafios para o setor de energias renováveis no Brasil. Em julho, elas chegaram a 20% da produção total do segmento, sendo 17,6% na eólica e 29,7% na solar, de acordo com dados do ONS compilados pelo Itaú BBA.

Além dos parques eólicos, a Casa dos Ventos planeja 0,5 GW em novas usinas solares, que devem ser instaladas no Sudeste. A estratégia busca diversificar geograficamente o portfólio e reduzir riscos relacionados às diferenças de preços entre regiões.

Com os novos empreendimentos, a empresa — que tem a francesa TotalEnergies como sócia deve alcançar 6,5 GW de capacidade instalada até 2027.

Demanda em alta apesar dos desafios

Mesmo com sobreoferta de energia e limitações na transmissão, a Casa dos Ventos vê espaço para novas contratações, especialmente de grandes consumidores industriais em processo de eletrificação e de setores de alta demanda, como data centers.

Araripe informou que parte significativa dos 2 GW já está contratada. O portfólio também atenderá à demanda do data center que a companhia desenvolve no Porto de Pecém (CE).

O executivo acrescentou que a empresa também atua na substituição de caldeiras a combustíveis fósseis por modelos elétricos em grandes indústrias, movimento alinhado às metas de descarbonização.

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