1º bimestre

Ceará exporta US$ 64,9 milhões em calçados; alta de 10,3%

Por Redação - Em 17/03/2023 às 11:18 AM

Indústria Calçadista Do Ceará

O Estado exportou 10,5 milhões de pares no dois primeiros meses de 2023

A indústria calçadista do Ceará exportou US$ 64,9 milhões no primeiro bimestre deste ano, um aumento de 10,3% em relação a igual período do ano passado. O valor corresponde a 29,5% do total exportado pelo Brasil no período e coloca o Estado em segundo lugar no ranking dos maiores exportadores do País, atrás apenas do Rio Grande do Sul, cujas vendas para o exterior somaram US$ 87,8 milhões. Já em relação ao número de pares exportados, o Ceará assume o topo do ranking com folga. O Estado exportou 10,5 milhões de pares no período (+1%), ante 5,78 milhões exportados pelo Rio Grande do Sul. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Somente em fevereiro, o Ceará exportou US$ 30,2 milhões em calçados, aumento de 6,1% na comparação com igual mês de 2022. O valor foi decorrente da venda de 4,6 milhões de pares de calçados, 7,6% a mais que em fevereiro do ano passado. Mais uma vez, o Estado foi líder em número de pares de calçados vendidos para outros países, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 2,9 milhões de pares, e pela Paraíba, com 2,2 milhões. Em relação ao valor exportado, o Ceará manteve a segunda posição no ranking, atrás do Rio Grande do Sul (US$ 41,1 milhões). Com o resultado, o Ceará respondeu por 29,7% do valor total exportado pelo Brasil no período.

Considerando todas as exportações de calçados realizadas pelo Brasil no primeiro bimestre deste ano, foram embarcados 26,77 milhões de pares, que geraram US$ 219,78 milhões, queda de 2,9% em volume e incremento de 5,1% em receita no comparativo com igual período de 2022.

Segregando apenas o mês de fevereiro, as exportações somaram 12,14 milhões de pares por US$ 101,85 milhões, quedas tanto em volume (-10,6%) quanto em receita (-5,6%) em relação a fevereiro de 2021.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que a queda registrada no último mês passa pela redução dos embarques para os Estados Unidos, principal destino do calçado brasileiro no exterior, e pela desaceleração da economia mundial. “Os embarques brasileiros para os Estados Unidos vêm apresentando retração desde o segundo semestre de 2022, seguindo uma tendência de redução geral das importações daquele país”, ressalta. Segundo o executivo, o mercado norte-americano passa por um momento de retração, elevação da inflação e crescimento de estoques. “No ano passado, as importações de calçados cresceram mais de 33%, muito mais do que o varejo norte-americano no período (+1,1%)”, acrescenta.

Destinos

No mês de fevereiro, pela primeira vez em 27 anos, ou seja, em toda a série histórica, a Argentina importou mais calçados brasileiros do que os Estados Unidos. O país vizinho importou 961,6 mil pares de calçados por US$ 17,3 milhões, incrementos tanto em volume (+8,2%) quanto em receita (+51,3%) em relação a fevereiro de 2022. No bimestre, a Argentina importou 1,7 milhão de pares por US$ 30,12 milhões, aumentos de 1,8% e 66,4%, respectivamente, ante igual período do ano passado.

Com quedas registradas tanto em volume (-62,4%) quanto em receita (-50,7%) em fevereiro, no comparativo com o mês correspondente de 2022, os Estados Unidos importaram 879,2 mil pares verde-amarelos, pelos quais foram pagos US$ 17 milhões. No bimestre, as fábricas brasileiras somam o embarque de 2,14 milhões de pares para lá, que geraram US$ 40,43 milhões, quedas de 47,7% e 33%, respectivamente, ante mesmo ínterim do ano passado.

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