TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

China constrói maior parque solar do mundo no Tibete

Por Redação - Em 01/09/2025 às 12:01 AM

Energia Solar Foto Freepik

Apenas no primeiro semestre de 2025, a China adicionou 212 gigawatts de capacidade solar FOTO: Freepik

A China está perto de finalizar a construção do maior parque solar do mundo, localizado na meseta tibetana. O empreendimento cobre 610 quilômetros quadrados — área comparável à de Chicago — e terá capacidade para abastecer cerca de 5 milhões de residências.

O projeto integra os esforços do governo para reduzir emissões de carbono e atender à crescente demanda por energia. Só no primeiro semestre de 2025, o país adicionou 212 gigawatts (GW) de capacidade solar, ultrapassando a potência total instalada nos Estados Unidos, de 178 GW.

Esse ritmo acelerado já trouxe impacto positivo. Entre janeiro e junho, as emissões chinesas recuaram 1%, mantendo a tendência de queda iniciada em 2024. A energia solar já ultrapassou a eólica e caminha para se tornar a principal fonte renovável do país.

Avanços e limitações

Analistas avaliam que o movimento representa uma mudança estrutural, pois o país consegue reduzir poluentes sem comprometer o crescimento econômico. Apesar disso, a forte dependência do carvão continua sendo o maior entrave para uma transição completa.

Benefícios ambientais

Além da geração elétrica, o parque traz ganhos ecológicos locais. Os painéis ajudam a reduzir a evaporação do solo e funcionam como barreiras contra o vento, estimulando a vegetação. A área também será usada para pastoreio, com rebanhos circulando sob as estruturas, prática conhecida como “ovelhas fotovoltaicas”.

Rede elétrica em adaptação

Para levar a energia limpa às regiões industriais, o governo investe em linhas de transmissão de longa distância. A maior dificuldade, porém, é adaptar uma rede projetada para o funcionamento contínuo de usinas a carvão ao novo perfil intermitente das fontes renováveis.

Com o megaprojeto no Tibete, a China reforça sua liderança global em energia limpa e dá mais um passo na tentativa de conciliar desenvolvimento econômico e redução de emissões.

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