O bloco, formado por 11 países, é atualmente o principal parceiro comercial de Pequim, com fluxo bilateral de US$ 771 bilhões em 2024

A China e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) assinaram, nesta terça-feira (28), uma nova versão do acordo de livre comércio entre as partes, incluindo capítulos voltados à economia digital, transição verde e integração industrial.

O bloco, formado por 11 países, é atualmente o principal parceiro comercial de Pequim, com fluxo bilateral de US$ 771 bilhões em 2024, segundo dados da Asean. A atualização, conhecida como “versão 3.0” do pacto, foi formalizada durante cúpula realizada na Malásia.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou que a iniciativa reforça o compromisso de ambos os lados com a abertura econômica e a cooperação regional. “Precisamos acelerar a liberalização comercial e fortalecer a interdependência industrial”, declarou.

A ampliação do acordo ocorre em um momento em que a China busca consolidar sua presença econômica no Sudeste Asiático diante das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump. O país tenta reafirmar sua imagem como parceiro comercial confiável, apesar das críticas internacionais relacionadas às restrições na exportação de minerais estratégicos.

Com um PIB conjunto estimado em US$ 3,8 trilhões, a Asean é considerada peça-chave para os esforços da China em diversificar suas rotas comerciais e sustentar o crescimento diante do cenário global de tensões econômicas.