João Adibe Marques, CEO da Cimed, ao Lado da Claud.Ia Foto: Divulgação

Em meio à digitalização da saúde, a farmacêutica Cimed acaba de apresentar uma assistente virtual que promete simplificar o entendimento das bulas de medicamentos. Batizada de Claud.IA, a ferramenta usa inteligência artificial para traduzir, em linguagem acessível e com leitura em voz alta, as informações técnicas dos remédios genéricos da marca, tudo diretamente pelo WhatsApp.

Desenvolvida com base no modelo Google Gemini, a IA passou seis meses em treinamento com apoio de farmacêuticos, engenheiros de dados e linguistas. A proposta é tornar a bula compreensível para o público comum, sem substituir o papel do médico.

“Ela não recomenda produtos e respeita os limites regulatórios definidos pela Anvisa”, disse João Adibe Marques, CEO da Cimed.

Mais do que leitura digital

A Claud.IA também envia alertas por SMS e e-mail (para usuários Android) sobre os horários da medicação e, por geolocalização, aponta a farmácia mais próxima. Apesar do apelo tecnológico, a IA é programada para recusar dúvidas fora do escopo da bula — como diagnósticos ou prescrições. “Ela não é um médico de plantão”, reforça Adibe Marques.

O projeto dialoga com o movimento de substituição das bulas impressas, aprovado pela Anvisa em fase piloto. Segundo o executivo, a impressão compromete a eficiência produtiva e contraria o avanço rumo à sustentabilidade.

O nome da ferramenta é uma homenagem à mãe do CEO, Cláudia Marques, farmacêutica e fundadora da companhia. “A Cláudia vem para mudar isso. É inclusão, é cuidado, é o futuro”, resumiu.

Inicialmente, a Claud.IA atenderá apenas à linha de genéricos da Cimed. A expectativa é que, até o fim do ano, toda a cartela de medicamentos da empresa esteja integrada ao sistema.