O banco ampliou receitas em operações como câmbio, derivativos, gestão de caixa e pagamentos

O banco americano Citi alcançou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no Brasil no primeiro semestre de 2025, alta de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio (ROE) subiu de 14% para 20%, ultrapassando as próprias projeções.

Mesmo com uma carteira de crédito estável em R$ 49 bilhões — voltada exclusivamente para empresas — e com menor demanda por novos empréstimos, o banco ampliou receitas em operações como câmbio, derivativos, gestão de caixa e pagamentos. Segundo o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon, o semestre foi sólido e refletiu os investimentos de longo prazo feitos pela instituição.

Os ativos somaram R$ 189 bilhões, com queda de 11% em função de nova norma do Banco Central. Sem o efeito da regra, haveria crescimento de 4%. Já os depósitos cresceram 17%, para R$ 84 bilhões. A inadimplência foi mantida em 0,8%.

Apesar do cenário desafiador e do juro elevado, o Citi segue entre os cinco maiores mercados globais do grupo e espera manter crescimento de dois dígitos ao ano no país. Marangon destaca que fusões e aquisições ainda enfrentam incertezas, mas grandes negócios seguem em análise.