Carlos Rotella, presidente executivo do Grupo Edson Queiroz Foto: Divulgação/GEQ

Mesmo diante de um cenário macroeconômico pressionado por juros altos e crédito restrito, o Grupo Edson Queiroz (GEQ) encerrou 2024 com números expressivos: R$ 12,8 bilhões em receita bruta e R$ 1,7 bilhão de EBITDA (indicador que mostra o lucro da empresa antes de descontar juros, impostos e custos com desgaste dos ativos), alta de 5% e 36%, respectivamente.

Em entrevista à Exame, o presidente-executivo Carlos Rotella atribuiu o desempenho à combinação entre análise de dados, valorização de pessoas e decisões ancoradas no longo prazo. “Ser uma companhia multissetorial é um exercício de equilíbrio entre profundidade técnica e visão sistêmica”, disse Rotella.

À frente de uma das maiores holdings privadas do país — dona de marcas como Minalba Brasil, Nacional Gás, Esmaltec e Sistema Verdes Mares —, o executivo aposta em governança, eficiência operacional e inovação para manter o grupo em trajetória ascendente.

Investimentos em áreas estratégicas

Nos próximos anos, os investimentos mais robustos estarão concentrados em duas frentes: a Minalba Brasil, que terá a capacidade produtiva dobrada com aportes acima de R$ 200 milhões até 2026, e a Nacional Gás, que receberá cerca de R$ 150 milhões por ano para modernizar suas operações.

Rotella também destacou o avanço da Esmaltec, impulsionado por produtos mais econômicos e pelo fortalecimento das exportações, e a transformação do Sistema Verdes Mares em uma estrutura media tech, com foco em conteúdo personalizado e integração de plataformas digitais.

Tecnologia com cultura no centro

Nesse contexto, o grupo vem implementando o SAP S/4HANA e a plataforma Salesforce como parte de uma agenda digital voltada à integração dos processos. Ao mesmo tempo, aposta no desenvolvimento do capital humano como diferencial competitivo. “Seguimos investindo em inovação e eficiência, mas sempre com foco nas pessoas e na construção de uma companhia perene”, afirmou o executivo.