Aviação de carga

Com investimento de R$ 40 milhões, Braspress alça voo e estreia nova fase na logística brasileira

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 02/05/2025 às 11:03 AM

Braspress Air Cargo Começa Com Um Boeing 737 400f E Um Segundo Avião Reserva Foto Braspress

Braspress Air Cargo começa com  um Boeing 737 400f e um segundo avião reserva Foto: Divulgação/Braspress

O setor aéreo brasileiro acaba de ganhar uma nova protagonista no transporte de cargas. A Braspress Air Cargo (BAC), braço da tradicional empresa de logística rodoviária Braspress, recebeu o Certificado de Operador Aéreo (COA) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e deve iniciar suas operações nos próximos dias.

Com investimento inicial estimado em R$ 40 milhões, a nova companhia vai operar voos cargueiros entre os aeroportos de Viracopos (SP) e Manaus (AM) com aeronaves Boeing 737-400F. Inicialmente, um dos aviões será responsável pelas rotas, enquanto o segundo permanecerá como reserva técnica para assegurar a regularidade das operações.

A oficialização do COA foi publicada no Diário Oficial da União no dia 24 de abril, durante a Intermodal South America, maior feira de logística da América Latina, realizada em São Paulo. O certificado foi entregue ao empresário Urubatan Helou, fundador do Grupo H&P, que controla a nova aérea.

Alta demanda

A ANAC destacou a importância da chegada da companhia ao modal aéreo, especialmente num momento de alta na demanda: apenas em 2024, o Brasil já movimentou 1,38 milhão de toneladas de carga aérea, 9,9% a mais que no ano anterior.

“Nós já operamos de forma consolidada no transporte rodoviário, rodo-fluvial e rodo-aéreo. Faltava, de fato, termos uma malha aérea própria. A BAC nasce para atender com agilidade (em torno de 4 horas) regiões como Manaus, onde o modal rodo-fluvial ainda exige até 16 dias de trânsito para cargas de alto valor agregado”, afirmou Helou.

A expectativa da empresa é preencher uma lacuna no mercado de logística premium, oferecendo transporte mais rápido para mercadorias cuja rentabilidade permite tarifas mais elevadas — e que exigem prazos curtos de entrega.

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