Entre os lançamentos previstos para o segundo trimestre de 2025 está o Lucena Plaza, segunda fase do Novo Cais, no Recife Antigo Foto: Divulgação

A Moura Dubeux abriu 2025 em ritmo de expansão e com números que confirmam sua posição de destaque no mercado imobiliário do Nordeste. A incorporadora registrou lucro líquido de R$ 70 milhões no primeiro trimestre — o maior da sua história para o período — e distribuiu R$ 50 milhões em dividendos neste mês de maio. Com margem líquida de 16% e retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) de 18,7%, os resultados refletem um modelo de negócio amadurecido e eficiente.

“Mais do que um número isolado, o desempenho reforça a solidez da nossa estratégia e a consistência da operação”, afirma o CEO Diego Villar.

A companhia lançou três empreendimentos no trimestre, que juntos somam R$ 402 milhões em VGV líquido. Dois deles, sob a marca Mood, foram implantados em Fortaleza (CE) e Maceió (AL). O terceiro é um condomínio de alto padrão em Salvador (BA). A Mood, voltada ao público de média renda, combina sofisticação, design contemporâneo e apelo urbano — uma aposta que já se mostra acertada.

Vendas em alta, estoque controlado

As vendas líquidas totalizaram R$ 551 milhões, avanço de 48% em relação ao mesmo período de 2024. A velocidade de vendas (VSO) alcançou 57,7%, o melhor índice em três anos. Nos lançamentos recentes, esse percentual ultrapassou 60%, sinalizando forte absorção pelo mercado.

Com um estoque avaliado em R$ 2,1 bilhões, apenas 6,2% das unidades já estão prontas. “Esse perfil confirma a assertividade dos lançamentos e o alinhamento com a demanda”, observa Villar.

Eficiência operacional e visão de longo prazo

A Receita Líquida somou R$ 439 milhões, crescimento de 42% na comparação anual. O Lucro Bruto foi de R$ 148 milhões, com margem de 33,8%, enquanto o EBITDA ajustado chegou a R$ 89 milhões (margem de 20,3%). A dívida líquida segue em patamar controlado, representando apenas 7,8% do patrimônio líquido — abaixo da média do setor.

Ao fim de março, a Moura Dubeux contabilizava 59 terrenos no banco de áreas, com potencial de R$ 9,6 bilhões em VGV. A maior parte foi adquirida por permuta, estratégia que preserva caixa e reduz exposição financeira.

Atualmente, 56 projetos estão em execução, com mais de 12 mil unidades em desenvolvimento. Um dos destaques do trimestre foi a entrega do Arborê, primeiro projeto finalizado da marca Mood.

Próximos passos: do Recife Antigo à orla de Fortaleza

Entre os lançamentos previstos para o segundo trimestre estão o Lucena Plaza, segunda fase do Novo Cais, no Recife Antigo, e o Mansão Seara, empreendimento de alto padrão na orla de Fortaleza, projetado em parceria com o arquiteto Arthur Casas.

“Nossa ambição é clara: crescer com excelência, sem abrir mão de eficiência e visão de longo prazo. Estamos apenas no início de um novo ciclo virtuoso”, conclui Villar.