Representantes do Complexo do Pecém e do consórcio internacional formalizaram a renovação do pré-contrato que prevê a instalação da unidade                                             Foto: Ascom/Complexo do Pecém

Em uma iniciativa estratégica que marca um novo capítulo na transição energética do Brasil, Complexo Industrial e Portuário do Pecém renovou o pré-contrato com duas multinacionais para a construção da infraestrutura voltada à exportação de amônia verde. A implantação será realizada em uma área greenfield e englobará três componentes estruturantes: uma tubulação de aproximadamente 11,5 quilômetros, conectando as áreas produtoras ao porto; unidades de armazenagem para consolidação de cargas destinadas à exportação, e uma linha de escoamento que ligará os tanques ao Píer 2 do terminal portuário do Litoral Oeste do Ceará.

Mais um passo relevante com o objetivo de consolidar a instalação do Hub de Hidrogênio Verde (H²V) no complexo cearense, que prevê investimentos bilionários nos próximos anos. “O projeto foi concebido com foco em garantir operações seguras, sustentáveis e altamente eficientes, em conformidade com os mais rigorosos padrões internacionais de segurança industrial e proteção ambiental”, afirma Max Quintino, presidente do Complexo do Pecém.

À frente da operação, o consórcio formado pelas empresas Stolthaven Terminals e a Global Energy Storage (GES) terá exclusividade para movimentar até 2,5 milhões de toneladas de amônia verde por ano. Em sua configuração inicial, o sistema de armazenagem será composto por dutos isolados e dois tanques cilíndricos de aço carbono com parede dupla, cada um com capacidade para 65 mil metros cúbicos. O projeto, no entanto, permanece flexível e poderá ser ajustado de acordo com a evolução dos empreendimentos produtores e a formalização dos contratos comerciais com o operador logístico.

O pré-contrato firmado entre as partes estabelece uma série de exigências: cabe ao operador desenvolver os projetos executivos básicos de engenharia, submeter os mesmos à aprovação da autoridade portuária, obter todas as licenças de instalação junto aos órgãos competentes, celebrar ao menos um contrato com produtor de amônia verde e assegurar o cumprimento integral das condicionantes previstas na licença prévia.