Entre os componentes, a tendência dos negócios para os próximos seis meses foi o destaque, com aumento de 4,4 pontos

A confiança do setor de serviços voltou a crescer em novembro e alcançou o maior patamar desde junho, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,2 ponto, chegando a 90,1 pontos na série com ajuste sazonal. Na média móvel trimestral, houve alta de 1 ponto.

O desempenho reflete, em parte, a capacidade do setor de manter ritmo positivo mesmo diante da desaceleração em outras áreas da economia. De acordo com Stéfano Pacini, economista do Ibre/FGV, o comportamento dos segmentos continua heterogêneo: enquanto serviços profissionais e transportes seguem firmes, os prestados às famílias mostram perda de fôlego.

Os indicadores que compõem o índice também avançaram. O Índice de Situação Atual (ISA-S) teve leve alta de 0,2 ponto, somando 93,1 pontos, sustentado por uma avaliação um pouco mais favorável dos negócios e da demanda corrente. Já o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 2,4 pontos, para 87,4 pontos, terceira elevação consecutiva e sinal de melhora moderada para os próximos meses.

Entre os componentes, a tendência dos negócios para os próximos seis meses foi o destaque, com aumento de 4,4 pontos, enquanto a demanda prevista subiu de forma marginal. Para Pacini, mesmo sob política monetária restritiva e pressão sobre o consumo das famílias, serviços seguem reagindo melhor que outros setores.

A pesquisa ouviu 1.308 empresas entre os dias 3 e 25 de novembro e mostra que a confiança dos serviços voltados às famílias continua enfraquecida, ao contrário de transportes e serviços profissionais, que permanecem sustentando o índice.