Indústria, Construção e Serviços registraram retrações de 0,7, 0,7 e 0,1 ponto, respectivamente FOTO: Freepik

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), registrou leve retração de 0,1 ponto em outubro, atingindo 89,5 pontos na série com ajuste sazonal. O resultado confirma a tendência de perda de fôlego da atividade econômica observada nos últimos meses.

Na média móvel trimestral, o indicador apresentou queda mais acentuada, de 0,7 ponto, refletindo a piora na percepção sobre o ambiente de negócios e a demanda atual.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 0,5 ponto, para 92,8 pontos, pressionado pela menor satisfação com o momento dos negócios e pela redução no nível de demanda. Já o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 0,3 ponto, para 86,2 pontos, após quatro meses consecutivos de queda, impulsionado pelo maior otimismo com a demanda esperada para os próximos três meses.

Setores em direções opostas

Entre os quatro grandes segmentos acompanhados, apenas o Comércio mostrou melhora expressiva na confiança, com alta de 1,5 ponto. Indústria, Construção e Serviços registraram retrações de 0,7, 0,7 e 0,1 ponto, respectivamente.

O setor da construção foi o destaque negativo do mês, com apenas 18% dos segmentos relatando aumento na confiança. No total, 45% dos 49 segmentos pesquisados apresentaram alta em outubro.

Sinais mistos para os próximos meses

De acordo com o levantamento, a combinação de uma percepção mais fraca sobre o presente e uma leve recuperação nas expectativas sugere continuidade de um cenário de moderação na economia brasileira. O aumento pontual do otimismo com a demanda, porém, indica que parte do empresariado ainda espera uma retomada gradual até o início de 2026.

A coleta de dados foi realizada entre 1º e 27 de outubro, abrangendo empresas de todo o país nos principais setores produtivos.