Indústria aquecida
Construção civil lidera retomada do emprego formal no Ceará
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 30/05/2025 às 5:34 PM

Sozinha, a atividade criou 3.550 postos no acumulado do ano, impulsionada por programas habitacionais e por um ciclo de expansão no setor imobiliário, sobretudo em Fortaleza Foto: Freepik
Com desempenho acima da média nacional, o mercado de trabalho formal no Ceará ganhou novo fôlego em 2025, puxado por um velho conhecido da economia local: a indústria. Entre janeiro e abril, o estado criou 12.829 empregos com carteira assinada, segundo o Novo Caged, do Ministério do Trabalho. O dado coloca o setor industrial como principal motor da retomada, com um salto de 106% na geração de vagas em relação ao mesmo período do ano passado.
A locomotiva desse avanço é a construção civil. Sozinha, a atividade criou 3.550 postos no acumulado do ano, impulsionada por programas habitacionais e por um ciclo de expansão no setor imobiliário, sobretudo em Fortaleza. Apenas na capital, a construção de edifícios adicionou 1.329 vínculos ao mercado formal, sustentando o ritmo da recuperação.
Melhor abril da série histórica
Abril registrou o melhor desempenho do mês desde o início da nova série do Caged, em 2020. Foram 9.221 empregos criados no estado, com a indústria respondendo por mais de 40% do saldo: 3.812 novas vagas. A construção civil voltou a liderar, com 2.472 postos abertos — sinal de que o canteiro de obras segue aquecido.
Na indústria de transformação, os segmentos de alimentos e calçados também mostraram força. Os alimentos lideram o acumulado do ano com 551 vagas formais, seguidos de couro e calçados. No mês, essas atividades adicionaram 241 e 249 postos, respectivamente.
Emprego em alta no país
O cenário de alta não é exclusivo do Ceará. Em todo o Brasil, abril teve saldo positivo de 257.528 vagas, o melhor resultado para o mês desde que o Novo Caged foi reformulado. A indústria nacional criou 69 mil desses postos, e o país acumula 922.362 novos empregos formais em 2025. No recorte de 12 meses, o saldo ultrapassa 1,6 milhão de vagas.
O Ceará, além da força industrial, também viu bom desempenho em setores como serviços (6.864 novas vagas) e comércio, que retoma gradualmente sua vitalidade nos municípios do interior.
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