Entre os 12 produtos básicos acompanhados, o preço médio nacional caiu 0,36%, de R$ 348,17 para R$ 346,93

O consumo das famílias brasileiras avançou 2,79% em setembro em relação a igual mês de 2024, segundo dados divulgados nessa quinta-feira (23) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com agosto, porém, houve queda de 0,94%, influenciada por fatores sazonais.

De acordo com o vice-presidente da entidade, Marcio Milan, o recuo mensal está ligado ao efeito do Dia dos Pais, que elevou as vendas em agosto, e ao fato de setembro ter um fim de semana a menos. Mesmo assim, a Abras manteve sua previsão de crescimento de 2,7% no consumo em 2025, sustentada pela expectativa de maior movimento no último trimestre.

Entre os fatores que devem impulsionar o consumo até dezembro estão a liberação do abono do PIS/Pasep, o programa Gás do Povo e o pagamento do 13º salário, além de datas que tradicionalmente aquecem o varejo, como Black Friday e festas de fim de ano.

Preços mais baixos

O Abrasmercado, indicador que monitora 35 produtos de grande consumo, apresentou redução no valor médio da cesta, que passou de R$ 804,85 em agosto para R$ 799,70 em setembro. O resultado aproxima o índice do patamar de dezembro de 2024 (R$ 794,56), acumulando alta de 8,15% em 12 meses.

Segundo Milan, a melhora nas condições climáticas e a maior oferta agrícola contribuíram para conter os preços. “Safras recordes e menor pressão internacional ajudaram a equilibrar o mercado”, explicou.

Entre os 12 produtos básicos acompanhados, o preço médio nacional caiu 0,36%, de R$ 348,17 para R$ 346,93. Apenas óleo de soja e margarina cremosa registraram aumento.

Na análise por regiões, o Sul apresentou a maior retração (0,74%), puxada pela queda nos preços de ovos, pernil, arroz, leite e café. Já o Norte teve a menor variação negativa (0,31%).