NOVAS MEDIDAS ADOTADAS

Correios registram prejuízo de R$ 785,5 milhões no 3º trimestre

Por Redação - Em 04/12/2024 às 10:47 AM

Correios Agência Brasil

No acumulado de 2024 até o momento, o prejuízo total dos Correios alcançou R$ 2,1 bilhões FOTO: Agência Brasil

Os Correios registraram um prejuízo de R$ 785,5 milhões no terceiro trimestre de 2024, valor que representa um aumento de 780% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse rombo financeiro tem sido impulsionado pela queda nas receitas e pelo aumento dos custos e despesas da estatal.

No acumulado de 2024 até o momento, o prejuízo total dos Correios alcançou R$ 2,1 bilhões, uma alta de 159% em comparação com igual período de 2023. Entre julho e setembro, a empresa recebeu R$ 4,8 bilhões pelos serviços prestados, o que representa uma redução de 2% em relação ao ano passado. Ao mesmo tempo, os custos desses serviços aumentaram 7%, totalizando R$ 3,9 bilhões.

Além do aumento nos custos operacionais, as despesas administrativas também cresceram, subindo 23% em um ano, com um total de R$ 1,6 bilhão. O pagamento de salários, por exemplo, teve um aumento de 42%, chegando também a R$ 1,6 bilhão. A empresa atribui esse aumento ao reajuste salarial, gratificações e outros benefícios previstos no Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024.

Diante dos prejuízos acumulados, a administração dos Correios reconheceu no balanço a necessidade de avaliar a continuidade operacional da empresa. Em resposta, foi elaborado um plano de ação com três principais direções: ampliar a oferta de serviços no comércio eletrônico, se tornar o fornecedor preferencial do poder público e buscar créditos tributários. A empresa acredita que essas medidas podem, a longo prazo, reverter os prejuízos acumulados e melhorar sua situação financeira.

O balanço também lembra que, por ser uma empresa pública essencial e estratégica para o país, os Correios não estão sujeitos à Lei de Recuperação Judicial. A continuidade das operações é garantida por legislação específica, e o governo federal tem a obrigação legal e o compromisso político de assegurar a manutenção dos serviços postais e logísticos oferecidos pela estatal.

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