ALIMENTOS
Custo da cesta básica sobe em 10 das 17 cidades pesquisadas pelo Dieese
Por Redação - Em 04/10/2024 às 1:49 PM

Na comparação anual, entre setembro de 2023 e setembro de 2024, o custo dos alimentos subiu em 11 cidades FOTO: Freepik
O custo da cesta básica de alimentos subiu em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas em setembro de 2024, conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (2,07%), Florianópolis (1,59%), Rio de Janeiro (1,56%), Vitória (1,56%) e Brasília (1,39%).
São Paulo continua a ser a capital com o maior custo da cesta básica, totalizando R$ 792,47. Em seguida, aparecem Florianópolis (R$ 768,33), Rio de Janeiro (R$ 757,30) e Porto Alegre (R$ 756,17). No entanto, as capitais das regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores médios, com Aracaju a R$ 506,19, Recife a R$ 535,32 e João Pessoa a R$ 552,35.
Na comparação anual, entre setembro de 2023 e setembro de 2024, o custo dos alimentos subiu em 11 cidades, com destaque para São Paulo (7,85%), Goiânia (6,65%), Campo Grande (5,76%) e Rio de Janeiro (5,19%). Por outro lado, Natal e Recife registraram quedas nos preços, com -7,51% e -6,12%, respectivamente.
Com base no custo da cesta básica mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas em setembro de 2024 seria de R$ 6.657,55, o que corresponde a 4,71 vezes o valor do salário mínimo atual de R$ 1.412,00. Em agosto, esse valor era de R$ 6.606,13. O tempo médio necessário para adquirir a cesta básica foi de 102 horas e 14 minutos, um aumento em relação ao mês anterior, que foi de 102 horas e 1 minuto.
A pesquisa também revelou que o café em pó teve aumentos em todas as capitais, variando de 2,27% em Fortaleza a 12,48% em Campo Grande. O óleo de soja e a carne bovina de primeira também apresentaram altas significativas. Em contrapartida, produtos como batata e tomate mostraram quedas de preço em várias capitais.
Essas variações no custo da cesta básica afetam diretamente a vida dos trabalhadores, que comprometeram, em média, 50,24% do rendimento líquido em setembro de 2024 para a compra de alimentos essenciais, um leve aumento em relação ao mês anterior, que foi de 50,13%.
O Dieese destaca que o aumento contínuo no custo da cesta básica ressalta a necessidade de políticas eficazes para mitigar o impacto da inflação sobre a população, especialmente em tempos de instabilidade econômica.
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