Comércio Exterior

Custo logístico segue como principal barreira às exportações brasileiras, aponta CNI

Por Redação - Em 09/12/2025 às 2:30 PM

As limitações de rotas, espaço e contêineres também pesam na operação de comércio exterior, sendo apontadas por 47,7% dos entrevistados

A falta de infraestrutura adequada continua sendo o maior desafio para as empresas brasileiras que atuam no mercado internacional. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 58,2% dos exportadores consideram o alto custo do transporte internacional o principal entrave à competitividade dos produtos nacionais. Em segundo lugar aparece a baixa eficiência dos portos, citada por 48,5% das companhias.

As limitações de rotas, espaço e contêineres também pesam na operação de comércio exterior, sendo apontadas por 47,7% dos entrevistados. Além disso, 46,2% mencionam as tarifas portuárias elevadas, enquanto 41,8% identificam a volatilidade cambial como fator que dificulta o planejamento das vendas externas.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, a superação desses gargalos exige coordenação entre governo e setor produtivo. Alban destaca que o país precisa avançar simultaneamente em competitividade e acesso a mercados para não perder oportunidades globais.

O estudo mostra ainda que a percepção sobre o transporte doméstico melhorou de forma pontual, mas empresários relatam piora em questões logísticas e institucionais. Entre as críticas estão a ineficiência portuária e as taxas elevadas cobradas pelos bancos no financiamento à exportação, mencionadas por 38,8% dos participantes.

A abertura de mercados também é vista como limitada. Para 25,8% das empresas, a falta de acordos comerciais reduz o alcance internacional do produto brasileiro. No campo tributário, quase um terço aponta o alto custo de importação de serviços ligados à exportação e a complexidade de regimes especiais, além das dificuldades para recuperar créditos tributários.

A pesquisa ouviu 392 empresas exportadoras, que avaliaram o impacto desses entraves em suas operações nos últimos dois anos.

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