A inflação é hoje a maior preocupação para 59% da população, seguida por desigualdade e desemprego FOTO: Freepik

O déficit fiscal médio dos países da OCDE caiu para 4,6% do PIB em 2023, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (19). Apesar da melhora em relação aos 7,5% registrados em 2021, o índice permanece acima da média anterior à pandemia, de 2,9%.

Seis países da OCDE encerraram 2023 com superávit, enquanto 31 mantiveram déficits. Em 2021, apenas quatro haviam registrado superávit.

Os gastos públicos recuaram de 48,3% para 42,6% do PIB entre 2021 e 2023, refletindo o fim dos pacotes emergenciais contra a COVID-19. Ainda assim, os níveis permanecem elevados em comparação com o período pré-crise, com exceção de sete países, incluindo Austrália e Suécia.

O investimento público médio aumentou ligeiramente, atingindo 3,5% do PIB. O setor de defesa manteve estabilidade, com média de 2,2% do PIB entre os membros da OCDE. Destaque para Israel, que ampliou os gastos militares para 6,1% do PIB.

A inflação é hoje a maior preocupação para 59% da população, seguida por desigualdade (33%) e desemprego (22%). A proporção de jovens que não estudam nem trabalham caiu de 15% em 2021 para 12,6%.

A confiança na ação dos governos segue dividida: apenas um terço da população sente-se atendido, enquanto 41% discordam. A maioria dos países da OCDE iniciou revisões de gastos para reequilibrar as contas públicas.