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Desemprego no Ceará cai para 7% em 2024; menor nível da série histórica
Por Redação - Em 13/03/2025 às 5:24 PM

A taxa de desemprego do Ceará foi 2 pontos percentuais inferior à média da região Nordeste
O Ceará registrou a taxa de desemprego de 7% em 2024, a menor desde o início da série histórica. Esse resultado representa uma queda de 1,5 ponto percentual em relação ao ano anterior, quando a taxa foi de 8,5%, e uma redução de 7 pontos percentuais em comparação a 2021, quando o índice atingiu 14%. O estado alcançou o menor nível de desocupação desde 2014, quando o valor foi de 7,1%.
De acordo com o relatório do Enfoque Econômico (Nº 292), publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a taxa de desemprego do Ceará foi 2 pontos percentuais inferior à média da região Nordeste, que foi de 9%. No Brasil, a taxa de desocupação foi de 6,6%, também o menor valor registrado para o país.
O analista de Políticas Públicas do Ipece e autor do estudo, Daniel Suliano, afirma que a taxa de desocupação é um indicador do mercado de trabalho, considerando as pessoas ativamente à procura de emprego. “Para ser considerado desempregado, não basta não ter emprego; é preciso estar buscando uma vaga”, explica Suliano.
O relatório também analisa a taxa de participação no mercado de trabalho no Ceará. Nos últimos quatro anos, a média da taxa de participação foi de 52%. Em 2020, a taxa caiu para 51,1% devido aos impactos da pandemia. Antes disso, a taxa estava em ascensão, chegando a 57,3% em 2019.
Em comparação com o Nordeste e o Brasil, a taxa de participação no Ceará foi inferior à média nordestina até 2020, mas superou essa média entre 2017 e 2020. Desde 2021, o estado passou a ficar abaixo da média nordestina, e de 2022 a 2024, a taxa de participação do Nordeste subiu, atingindo níveis semelhantes aos de antes da pandemia. A diferença entre a taxa de participação do Ceará e a nacional aumentou de 7,3 pontos percentuais em 2012 para 10,4 pontos em 2024.
Suliano alerta que, apesar da redução do desemprego, a taxa de participação pode diminuir por fatores como o aumento de benefícios assistenciais e a decisão de muitas pessoas de se afastarem do mercado de trabalho para estudar ou se qualificar profissionalmente.
O analista conclui que a força de trabalho do Ceará segue crescendo, mas é importante observar as mudanças na taxa de participação, que refletem alterações no comportamento da população em relação à busca por emprego.
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