Mudança cultural
Do hype ao hábito: IA já domina a rotina digital do brasileiro
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 05/06/2025 às 6:05 AM

O ChatGPT, da OpenAI, desponta como a ferramenta mais lembrada: 64,3% citaram o serviço espontaneamente Foto: Imagem gerada por IA
A inteligência artificial (IA) deixou de ser novidade e já integra a rotina da maioria dos brasileiros. Segundo pesquisa da Conversion em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), 93,9% dos entrevistados utilizam ferramentas de IA generativa, sendo que quase metade (49,7%) recorre a elas diariamente — um dado que confirma o salto da tecnologia para o centro da vida digital no país.
O ChatGPT, da OpenAI, desponta como a ferramenta mais lembrada: 64,3% citaram o serviço espontaneamente, número que reforça sua posição de sinônimo de IA para o brasileiro, assim como o Google um dia foi para as buscas.
Mudança de padrão
A influência da IA começa a alterar a forma como as pessoas acessam informações. Ao todo, 62% dizem preferir respostas mais diretas fornecidas pelas IAs — e 32,3% admitem ter reduzido o uso do Google após adotarem essas ferramentas. Ainda assim, mecanismos tradicionais e novas tecnologias coexistem: 25,8% afirmam, por outro lado, que também aumentaram o volume de buscas no Google.
Essa transformação no comportamento exige atenção redobrada de empresas e criadores de conteúdo. Otimizar para buscadores segue sendo essencial, mas agora o desafio inclui também os algoritmos de plataformas como ChatGPT e Perplexity.
Produtividade, aprendizado e confiança
Além da conveniência, o fator produtividade tem impulsionado o uso da IA: 96,5% dos entrevistados dizem que as ferramentas ajudam a trabalhar melhor. A maioria (72,8%) aprendeu a usar por conta própria, reforçando o caráter intuitivo das plataformas.
Outro dado relevante está na percepção de confiabilidade. Quase 62% dos usuários confiam muito ou totalmente nas informações obtidas por IA — número próximo ao registrado em relação aos buscadores tradicionais (65,2%).
A pesquisa ainda aponta que 67,6% enxergam o domínio da IA como uma exigência para seguir competitivo no mercado de trabalho. E a discussão vai além: 70,1% defendem políticas públicas de incentivo à tecnologia, e 62,5% apoiam a ideia de uma renda básica universal frente às mudanças no emprego.
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