No acumulado de 2025, a moeda norte-americana já registra queda de 13,97% FOTO: Agência Brasil

O dólar encerrou a segunda-feira (9) em baixa de 0,59%, cotado a R$ 5,3220, no menor patamar desde 6 de junho do ano passado. Foi a quarta sessão consecutiva de desvalorização da moeda frente ao real, movimento em linha com o recuo global do dólar diante da expectativa pelas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil, ambas previstas para quarta-feira.

No acumulado de 2025, a moeda norte-americana já registra queda de 13,97%. Na B3, o contrato para outubro fechou a R$ 5,3405, recuo de 0,56%. Ao longo do pregão, a divisa chegou a oscilar em alta, mas caiu à mínima de R$ 5,3092 no início da tarde.

A aposta majoritária do mercado é de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros dos EUA, com possibilidade de redução maior, de 0,50 ponto. No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano, cenário que reforça a atratividade dos ativos domésticos ao capital estrangeiro.

Para especialistas, o movimento de queda antecipa a decisão do Fed, apoiado por sinais de desaceleração da economia americana. A sessão também foi marcada por alta do Ibovespa e queda nos juros futuros, compondo um ambiente positivo para os ativos brasileiros.

No campo político, investidores acompanham possíveis desdobramentos da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. Até o momento, porém, os EUA não anunciaram novas medidas de retaliação, além das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes em julho.

No exterior, o índice do dólar — que mede a força da moeda frente a seis divisas principais — recuava 0,36%, a 97,306, no fim da tarde.