MERCADO FINANCEIRO

Dólar recua 12% e Ibovespa sobe mais de 15% no 1º semestre de 2025

Por Redação - Em 01/07/2025 às 7:25 AM

A divisa americana também teve retração de 4,76% no segundo trimestre

O mercado financeiro brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma forte valorização da bolsa e um recuo expressivo do dólar frente ao real, refletindo o otimismo seletivo dos investidores diante do cenário externo e doméstico.

O dólar comercial fechou a segunda-feira (30) cotado a R$ 5,435, em queda de 0,88% no dia, ampliando as perdas no mês de junho (-4,99%) e consolidando um recuo de 12% no acumulado dos seis primeiros meses do ano. A divisa americana também teve retração de 4,76% no segundo trimestre.

A valorização do real se deu em um ambiente de menor volatilidade no câmbio global, influenciado pela expectativa de cortes na taxa de juros dos Estados Unidos e por sinais de avanço nas negociações comerciais entre Washington e seus principais parceiros. Um movimento favorável ao Brasil, que também viu a entrada de capital estrangeiro crescer diante do diferencial de juros ainda atrativo.

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da B3, avançou 1,45% nesta segunda-feira, encerrando o semestre aos 138.854,6 pontos – uma alta de 15,55% no acumulado de 2025 até agora. No trimestre, o ganho foi de 6,7%, enquanto em junho a valorização foi de 1,43%.

Fatores internos e externos no radar

O desempenho positivo do mercado acionário brasileiro refletiu o apetite por risco em meio à possível flexibilização monetária nos EUA, além de dados econômicos locais que, embora mistos, trouxeram surpresas positivas. Entre os destaques, a dívida pública cresceu menos do que o previsto em maio, e o déficit primário do setor público foi inferior às estimativas.

Além disso, o alívio fiscal proporcionado pela suspensão de novas alíquotas do IOF contribuiu para a recente saída de dólares do país, num movimento pontual mas que reforça a complexidade do cenário fiscal e cambial.

No exterior, os olhos dos investidores estão voltados para a publicação do relatório de empregos dos EUA (payroll), previsto para esta quinta-feira. Dados fracos poderão reforçar as apostas de que o Federal Reserve antecipe o início de um ciclo de cortes de juros, atualmente precificado para setembro.

Perspectivas

O cenário para o segundo semestre permanece altamente sensível às decisões de política monetária nos EUA e ao andamento das negociações comerciais internacionais. Internamente, o mercado continuará monitorando os desdobramentos fiscais e os indicadores de inflação, que ainda preocupam.

Com a bolsa em tendência de alta e o dólar em trajetória de correção, o Brasil entra na segunda metade do ano sob o olhar atento dos mercados, que seguem ponderando risco e oportunidade em um cenário ainda volátil.

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