Observatório da Indústria
Economia do CE cresce acima da média regional e mostra resiliência no 1º bimestre
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 03/06/2025 às 7:05 AM

Apesar do otimismo em relação à demanda e aos investimentos, as indústrias cearenses seguem atentas à carga tributária e à taxa de juros Foto: Freepik
A atividade econômica do Ceará avançou 3,4% nos dois primeiros meses de 2025, desempenho acima da média do Nordeste (2,4%) e próximo ao índice nacional (3,8%). Os dados integram a primeira edição do Boletim Trimestral da Economia, divulgado nesta semana pelo Observatório da Indústria Ceará, ligado à Federação das Indústrias do Estado (Fiec).
Embora a taxa sinalize um ritmo mais moderado em relação a anos anteriores, o início do ano foi marcado por uma economia ainda aquecida em setores como crédito e consumo. A alta base de comparação, aliada a juros elevados e ao cenário global instável, ajuda a explicar a desaceleração projetada: o PIB estadual deve crescer 2,5% em 2025, abaixo do registrado em 2024.
Consumo em alta, otimismo com cautela
Ainda de acordo com a publicação, tendo como base dados do IBGE, o mercado de crédito manteve-se firme, com expansão de 9% frente a igual período do ano passado. Já a massa de rendimentos da população subiu 6,4%, o que sugere aumento no poder de compra, ainda que em um ambiente de custos pressionados.
O estudo também capta as percepções da indústria local. Apesar do otimismo em relação à demanda e aos investimentos, empresários seguem atentos à carga tributária (apontada por 32,3% dos entrevistados) e à taxa de juros, cuja preocupação cresceu 6,9 pontos percentuais no comparativo trimestral.
“O cenário é de transição, mas com sinais importantes de confiança no setor produtivo”, avalia Pamella Nogueira, pesquisadora do Observatório. Para Laís Veloso, gerente de Inteligência Competitiva da casa, o boletim contribui para decisões mais seguras. “Planejar com base em dados é essencial para manter competitividade”, afirma.
David Guimarães, especialista em inteligência de mercado, reforça o papel do estudo como ferramenta estratégica. “Nosso objetivo é oferecer análises acessíveis e tecnicamente robustas para orientar empresas e gestores”, resume.
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