Elmano de Freitas sancionou o pacote de medidas emergenciais                 Foto: Estácio Júnior/Casa Civil

Diante da recente taxação imposta pelos Estados Unidos, que afeta diretamente setores estratégicos da economia cearense, o governador Elmano de Freitas sancionou, nesta quinta-feira (7), um conjunto de medidas emergenciais voltadas a reduzir os efeitos sobre o Estado. O pacote, aprovado por ampla maioria na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), foi formalizado durante reunião com representantes das federações das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), lideradas por seus presidentes, Ricardo Cavalcante e Amílcar Silveira, respectivamente.

O encontro ainda contou com a presença dos secretários Chagas Vieira (Casa Civil) e Fabrízio Gomes (Fazenda), além do procurador-geral do Estado, Rafael Machado Moraes, e empresários de diversos segmentos exportadores. Entre as iniciativas previstas na nova lei estão auxílio financeiro a empresas exportadoras para o mercado norte-americano, compra governamental de produtos de setores impactados, antecipação de pagamento de créditos e ampliação de incentivos fiscais.

Elmano destacou que a agenda estadual está alinhada a medidas que serão anunciadas pelo Governo Federal. No mesmo dia, o governador reuniu-se, em Brasília, com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Houve um reconhecimento de que o Ceará é o estado mais afetado. O Governo Federal sinalizou abertura para crédito, maior prazo nos contratos e mais flexibilidade para apoiar os setores atingidos”, afirma.

União entre governo e setor produtivo

Ricardo Cavalcante ressalta que a proximidade é fundamental

O presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, ressaltou a importância da agilidade na resposta às demandas empresariais e sugeriu a realização de reuniões setoriais para aprofundar o diálogo. “Fico feliz, governador, por sua disposição de ouvir cada setor. Essa postura de proximidade é fundamental. Agradeço também à Alece pela aprovação unânime do pacote”, destaca.

Já o presidente da Faec, Amílcar Silveira, reforçou a possibilidade de ampliar o consumo interno de produtos antes destinados à exportação. “No caso do pescado, por exemplo, é possível estimular campanhas para incentivar o consumo no mercado nacional”.

Entre os representantes empresariais presentes, produtores de cera de carnaúba, pescados, calçados e água de coco, que o Estado estuda comprar dos produtores para oferecer na merenda escolar da rede estadual; entre outros. “A nossa Secretaria [da Educação] já está vendo essa questão, avaliando de que forma pode incluir (a água de coco). Essa reunião, inclusive, já aconteceu nesta semana e está em tratativas”, informou o secretário Chagas Vieira.

Com o pacote sancionado pelo governador Elmano de Freitas e o canal de diálogo aberto com empresários e lideranças do setor produtivo, o Governo do Ceará reforça seu compromisso de proteger a economia local e preservar empregos diante de um cenário internacional muito desafiador.