O diretor de Desenvolvimento da Scala Data Centers, Fábio Alves, esteve reunido na Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) para apresentar os detalhes finais da primeira fase do projeto na Praia do Futuro, em Fortaleza. O encontro com o secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna da SDE, Rennys Frota, marcou mais um passo na consolidação da parceria entre a empresa e o Governo do Ceará, além de confirmar um investimento inicial já realizado de R$ 250 milhões, que contempla um data center, uma subestação de energia e uma linha de transmissão dedicada.

Investimentos em data centers reverberam numa extensa cadeia econômica                  Foto: Divulgação

A segunda fase do empreendimento prevê investimentos que podem alcançar R$ 1,2 bilhão, reforçando a dimensão estratégica do projeto. De acordo com o executivo, a primeira etapa está 90% concluída, entrando agora nos ajustes finais, com entrega prevista para o início de 2026. Ele destacou o potencial de expansão da iniciativa, impulsionada pela localização privilegiada da Praia do Futuro. “Trata-se de um projeto que pode crescer muito ainda, duas vezes além disso que estamos apresentando”, afirmou Fábio Alves, lembrando que o avanço dependerá da demanda.

Para o secretário Rennys Frota, o projeto dialoga diretamente com as políticas de desenvolvimento econômico do Estado. “A chegada do empreendimento reafirma o compromisso do governador Elmano de Freitas com o desenvolvimento econômico e sustentável do Estado. A SDE está empenhada em colaborar com a implantação deste grande investimento que ampliará as perspectivas de crescimento e de boas oportunidades para o Ceará, destacando-o internacionalmente como um polo potente em termos de tecnologia e inovação”, avaliou.

Sustentabilidade e impacto econômico

O projeto deve gerar impactos relevantes na economia local, tanto na fase de obras quanto no período operacional. A construção mobiliza empregos indiretos em áreas como infraestrutura, energia, logística, importação de equipamentos e serviços técnicos especializados. E essa movimentação se estende para toda a cadeia produtiva do setor.

A instalação de data centers, observa Fábio Alves, cria oportunidades qualificadas de trabalho e contribui para o desenvolvimento tecnológico das regiões onde são implantados. “Tem toda uma cascata de trabalho, de desenvolvimento do setor, que por meio da instalação de data centers é viabilizada. Sem falar da própria economia. Porque o data center é a base de todos os sistemas de software, programação, processamento de dados”, explicou.

O novo data center da Scala é classificado como de última geração e tem a sustentabilidade como pilar central. O sistema de resfriamento, por exemplo, opera em circuito fechado, reduzindo drasticamente o uso de água, em contraste com o estigma de alto consumo. “Após o abastecimento inicial, a necessidade de reposição de água é mínima, limitada a poucos litros por ano”, destacou Fábio Alves.

A Scala Data Centers acumula premiações e reconhecimentos em sustentabilidade, incluindo três emissões de debêntures verdes que totalizam US$ 803 milhões (cerca de R$ 4,4 bilhões) – a maior captação sustentável do setor de data centers no Brasil. As emissões estão diretamente ligadas à performance comprovada da empresa em critérios ambientais.