Pesquisa do HSBC

Empresas globais retomam confiança após tarifaço dos EUA

Por Redação - Em 26/11/2025 às 4:00 PM

Conteiner, Exportações, Balançacomercial Foto Freepik

A adaptação passa por uma revisão de rotas e destinos. Europa e Sudeste Asiático surgem como principais alternativas de expansão FOTO: Freepik

Sete meses depois do aumento de tarifas decretado pelo governo Donald Trump, o sentimento entre companhias que dependem do comércio internacional mudou de forma significativa. Uma nova edição do Global Trade Pulse, pesquisa conduzida pelo HSBC, indica que a maior parte das empresas conseguiu se ajustar às novas exigências e hoje enxerga o ambiente externo com mais previsibilidade.

O levantamento mostra que 67% das organizações se dizem mais seguras agora do que há seis meses, quando ainda avaliavam os impactos iniciais das medidas norte-americanas. A clareza sobre as regras também avançou: 77% afirmam compreender melhor a política comercial em vigor, o que tem ajudado a reduzir incertezas.

O temor de perdas expressivas perdeu força. A proporção de empresas que esperava queda severa de receita caiu de 37% para 22%. A percepção geral se inverteu: mais da metade projeta crescimento de faturamento tanto no curto quanto no médio prazo, sinalizando que o choque provocado pelo tarifaço começa a ser absorvido.

A adaptação passa por uma revisão de rotas e destinos. Europa e Sudeste Asiático surgem como principais alternativas de expansão, especialmente entre empresas do Sul da Ásia, que veem na região europeia um espaço mais favorável para ampliar operações. Paralelamente, 22% planejam reduzir a dependência de negócios na América do Norte, movimento que indica uma redistribuição gradual das relações comerciais.

A reorganização das cadeias produtivas também ganhou intensidade. Segundo o estudo, 75% das companhias revisaram — ou já alteraram — a localização de atividades essenciais, como processamento e montagem. Para o HSBC, trata-se de um rearranjo estrutural que continuará moldando o mapa global de fornecimento nos próximos anos.

A pesquisa ouviu 6.750 executivos responsáveis por decisões de comércio exterior em 17 países entre 6 e 21 de outubro, incluindo Brasil, Alemanha, França, China, Índia, México e Estados Unidos.

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