A proporção de famílias que comprometem mais da metade da renda com dívidas caiu para 19,2%

O número de famílias brasileiras endividadas subiu em junho, alcançando 78,4%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). É o quinto mês seguido de alta. Apesar disso, a inadimplência permaneceu estável em 29,5%.

Na comparação com junho de 2024, houve leve queda de 0,4 ponto percentual no endividamento total. Já a parcela de consumidores que se consideram “muito endividados” subiu para 15,9%.

A pesquisa aponta um avanço do endividamento de curto prazo, com mais famílias contraindo dívidas com vencimento em até seis meses. Por outro lado, houve queda no número de famílias com dívidas vencidas há mais de 90 dias, reduzindo o tempo médio de atraso para 64,1 dias.

A proporção de famílias que comprometem mais da metade da renda com dívidas caiu para 19,2%, e a média geral destinada ao pagamento de débitos recuou para 29,6%.

O cartão de crédito segue como principal modalidade de dívida, citado por 83,3% dos endividados. Carnês ganharam espaço, subindo de 16% para 17% em um ano.

O aumento do endividamento foi mais intenso entre as famílias de renda mais baixa. A CNC prevê que o cenário deve se agravar até o fim do ano, com alta de até 2,5 pontos no endividamento e 0,7 ponto na inadimplência.