BANCO CENTRAL

Endividamento das famílias recua para 47,9%

Por Redação - Em 27/12/2024 às 11:57 AM

A diminuição nas taxas de endividamento pode estar relacionada a uma menor adesão a novos empréstimos ou a esforços de renegociação das dívidas

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro registrou uma leve queda em outubro, passando de 48,0% em setembro para 47,9%, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (27,) pelo Banco Central. O percentual, que é o mais baixo desde julho de 2022, ainda se mantém abaixo do recorde histórico de 49,9% atingido naquele ano. Quando se desconsidera o impacto das dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 30,0% para 29,9% no mesmo período.

O comportamento do endividamento reflete um cenário em que, apesar da redução no comprometimento da renda, as famílias continuam a lidar com altos níveis de dívida, o que afeta diretamente o consumo e o orçamento doméstico. A diminuição nas taxas de endividamento pode estar relacionada a uma menor adesão a novos empréstimos ou a esforços de renegociação das dívidas.

Impacto do programa Desenrola

O programa Desenrola, que foi encerrado em maio deste ano, teve um papel relevante na renegociação das dívidas das famílias. Durante sua execução, o programa promoveu a reestruturação de R$ 53,07 bilhões em débitos, equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O objetivo principal do programa foi reduzir a inadimplência, especialmente entre as famílias de baixa renda, que foram o público prioritário da iniciativa.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o Desenrola contribuiu para uma redução de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, um dos setores mais impactados pela crise econômica e pela alta de juros. Das 15,06 milhões de pessoas atendidas pelo programa, cerca de 5 milhões pertenciam a esse grupo e renegociaram um total de R$ 25,43 bilhões em dívidas.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business