INVESTIMENTOS

Estudo do BTG aponta Brasil e Chile como potenciais polos de data centers

Por Redação - Em 15/09/2025 às 1:30 PM

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O relatório recomenda medidas como isenção de impostos para importação de equipamentos e regras claras sobre uso e proteção de dados

Um relatório do BTG Pactual indica que Brasil e Chile reúnem condições favoráveis para atrair grandes investimentos em data centers, especialmente diante do avanço da inteligência artificial (IA). No entanto, os dois países precisam superar gargalos estruturais e aprimorar o ambiente regulatório para aproveitar essa oportunidade.

Segundo o estudo, empresas brasileiras como Eletrobras, Auren, Copel, Engie, Cemig, Equatorial, CPFL e Neoenergia estão entre as que podem ser beneficiadas diretamente pelo movimento. O levantamento destaca a abundância de energia elétrica e disponibilidade de água, essenciais para resfriamento e operação dos centros, mas ressalta problemas como o desperdício de mais de 20% da geração renovável no Nordeste por falta de infraestrutura de transmissão.

O relatório recomenda medidas como isenção de impostos para importação de equipamentos e regras claras sobre uso e proteção de dados. Também faz críticas à MP 1.307, que limita incentivos fiscais às ZPEs (Zonas de Processamento de Exportação), além de impor condições que não aproveitam a atual sobra de energia no país.

Entre os fatores indispensáveis para instalação de data centers estão energia confiável e barata, rede estável, logística eficiente, segurança física e cibernética, mão de obra qualificada e um marco regulatório que dê previsibilidade aos investidores.

O BTG lembra ainda que a demanda global cresce rapidamente. Só nos Estados Unidos, o consumo de eletricidade por data centers deve saltar de 31 GW em 2024 para 83 GW em 2030, passando de 4% para quase 12% da geração total. Com custos em alta e longas filas de espera para conexão em países como EUA e Irlanda, novas regiões tendem a se tornar alternativas estratégicas — e a América do Sul desponta como candidata.

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