Com investimentos globais em IA batendo recorde de US$ 200 bilhões em 2025, a disputa pela liderança tecnológica promete remodelar o equilíbrio econômico e geopolítico mundial FOTO: Freepik

Um relatório da TRG Datacenters revela que a corrida global pela inteligência artificial está dividida entre diferentes frentes. Os Estados Unidos seguem como principal potência, concentrando 50% da capacidade mundial de computação para IA, o equivalente a 39,7 milhões de chips do tipo Nvidia H100. Em seguida aparecem Emirados Árabes Unidos (23,1 milhões) e Arábia Saudita (7,2 milhões), que emergem como novos protagonistas no setor graças a maciços investimentos.

Já a China, embora ocupe apenas a sétima posição em poder computacional, lidera o mundo em número de clusters de data centers de IA, com 230 instalações. Os EUA vêm logo atrás, com 187. Países europeus tradicionais, como Alemanha, Reino Unido e França, aparecem bem mais distantes, tanto em clusters quanto em capacidade de processamento.

O relatório aponta que, no total, as dez maiores nações somam 496 clusters e uma potência estimada em 79 exaflops, cerca de 70 vezes superior ao supercomputador mais avançado do planeta. Caso essa infraestrutura opere em plena carga, o consumo seria comparável ao uso diário de energia da Califórnia em um verão intenso.

Segundo a TRG, a disparidade entre clusters e poder computacional reflete as limitações enfrentadas pela China em adquirir chips avançados devido a restrições comerciais impostas pelos EUA. Isso explica a aposta chinesa em modelos de IA mais eficientes e de menor custo computacional.

Com investimentos globais em IA batendo recorde de US$ 200 bilhões em 2025, a disputa pela liderança tecnológica promete remodelar o equilíbrio econômico e geopolítico mundial, com impactos diretos na inovação, nos negócios e até na cultura.