A equipe econômica de Trump defende que as tarifas ajudam a reduzir o déficit comercial

O governo dos Estados Unidos voltará a aplicar tarifas comerciais a partir de 1º de agosto para cerca de 100 países que não avançarem em acordos com Washington. O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, encerrando a pausa de 90 dias iniciada em abril pela administração Trump.

As cartas com os novos termos tarifários começam a ser enviadas ainda nesta semana, segundo Bessent. A maioria dos países afetados é de pequeno porte e já opera com a taxa-base de 10%. Tarifas mais elevadas, de até 70%, foram cogitadas, mas não serão aplicadas aos principais parceiros comerciais.

Donald Trump já firmou acordos com Reino Unido, China e Vietnã, reduzindo ou mantendo tarifas em níveis mais baixos. Os demais países têm até o fim de julho para negociar.

A estratégia, classificada pelo governo como “pressão máxima”, visa forçar negociações comerciais em meio a críticas de economistas sobre impactos inflacionários e custos ao consumidor. Bessent, porém, minimizou os efeitos e afirmou que não há sinais de inflação relevante.

A equipe econômica de Trump defende que as tarifas ajudam a reduzir o déficit comercial e que os custos são arcados pelos países exportadores, não pelos consumidores americanos.