A celulose de fibra curta, utilizada na produção de papel higiênico, toalhas de papel, lenços umedecidos e fraldas, está entre os principais itens beneficiados pela decisão FOTO: Freepik

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta semana a retirada da tarifa de 10% que incidia sobre a celulose importada do Brasil desde abril. A medida é vista como um alívio para a indústria brasileira de base florestal e para fabricantes norte-americanos que dependem da matéria-prima.

De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), mais de 90% dos embarques de celulose ao mercado norte-americano voltarão a ter isenção. “É uma boa notícia, mas precisamos continuar trabalhando para garantir competitividade em todo o setor”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Hartung.

A celulose de fibra curta, utilizada na produção de papel higiênico, toalhas de papel, lenços umedecidos e fraldas, está entre os principais itens beneficiados pela decisão. Ainda assim, outras tarifas seguem em vigor: papéis em geral continuam com sobretaxa de 50% e painéis de madeira (MDF e MDP) mantêm tarifa de 40%.

Suzano e Eldorado, líderes nas exportações brasileiras de celulose para os EUA, estavam entre as mais impactadas pelo imposto. A Suzano é responsável por cerca de metade do consumo norte-americano de celulose de fibra curta. Até o momento, as companhias não se manifestaram sobre a decisão.