A União Europeia anunciou um pacote de retaliação de € 26 bilhões contra produtos norte-americanos FOTO: Pixabay

As novas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em vigor nesta quarta-feira (12), dando continuidade à sua política protecionista para beneficiar os produtores americanos. A medida abrange não apenas metais, mas também centenas de produtos derivados, como parafusos e latas de refrigerante. Os países mais impactados por essas tarifas incluem Canadá, Brasil, México e Coreia do Sul, que até então estavam isentos ou sujeitos a cotas.

A principal reação veio da União Europeia, que anunciou um pacote de retaliação de € 26 bilhões contra produtos norte-americanos, com aplicação a partir do próximo mês. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE está disposta a dialogar com os EUA para buscar soluções mais equilibradas, destacando a preocupação com os impactos econômicos de uma escalada tarifária em um cenário global já instável.

Além disso, a China e o Japão manifestaram preocupação com os possíveis efeitos negativos nas relações comerciais com os EUA. O Canadá, aliado próximo dos EUA, criticou as tarifas e sugeriu a adoção de medidas retaliatórias, enquanto o Reino Unido e a Austrália também se mostraram contrários, com o primeiro considerando várias opções para responder à medida. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, enfatizou que a escalada das tarifas pode prejudicar a economia global, resultando em crescimento mais lento e inflação elevada.

Embora Trump tenha ameaçado aumentar ainda mais as tarifas sobre as exportações de aço e alumínio do Canadá, ele recuou após a província de Ontário suspender uma proposta de sobretaxa sobre eletricidade exportada para os EUA, um movimento que ajudou a acalmar os mercados financeiros já preocupados com a incerteza comercial.