IMPACTO DAS TARIFAS

Exportações de café caem 17,5% em agosto, mas receita cresce 12,7% com alta das cotações

Por Redação - Em 10/09/2025 às 11:00 AM

Café, Grãos De Café Foto Agência Brasil

No acumulado de janeiro a agosto, o Brasil exportou 25,3 milhões de sacas, queda de 20,9% na comparação anual FOTO: Agência Brasil

O Brasil exportou 3,14 milhões de sacas de 60 kg de café em agosto de 2025, uma retração de 17,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Apesar da queda no volume, a receita cambial avançou 12,7%, somando US$ 1,1 bilhão, impulsionada pela valorização internacional do grão.

A redução já era esperada, de acordo com o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, devido ao recorde de embarques em 2024, à safra de menor potencial produtivo em 2025 e ao impacto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a partir de 6 de agosto, o que inviabilizou grande parte dos envios ao país.

Com isso, a Alemanha assumiu a liderança como principal destino do café brasileiro em agosto, importando 414 mil sacas. Já os Estados Unidos, que compraram 301 mil sacas em negócios fechados antes do tarifaço, registraram queda de 26% frente a julho e de 46% em relação a agosto de 2024.

O efeito das tarifas também repercutiu no mercado internacional, elevando a volatilidade e pressionando os preços. Entre 7 e 31 de agosto, a cotação do arábica em Nova York disparou 29,7%, atingindo US$ 3,861 por libra-peso.

No acumulado de janeiro a agosto, o Brasil exportou 25,3 milhões de sacas, queda de 20,9% na comparação anual. Ainda assim, a receita no período alcançou o patamar recorde de US$ 9,67 bilhões.

Mesmo com o revés em agosto, os Estados Unidos seguem como principal comprador no acumulado de 2025, com 4,03 milhões de sacas. Na sequência aparecem Alemanha (3 milhões de sacas), Itália (1,98 milhão), Japão (1,67 milhão) e Bélgica (1,51 milhão).

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