O Porto do Pecém é um dos principais canais de escoamento das vendas cearenses para o exterior Foto: Divulgação/ CIPP

As exportações do Ceará registraram um salto de 47,1% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com igual período do ano anterior, somando US$ 453,6 milhões em vendas ao exterior. Os dados são do Comex Stat, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Apesar da expansão das exportações, o Estado fechou o período com déficit na balança comercial: as importações totalizaram US$ 719,1 milhões, resultando em saldo negativo de US$ 265,5 milhões.

Indústria de base e consumo puxam alta

A recuperação da indústria siderúrgica impulsionou os números. Produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro e aço lideraram a pauta exportadora, movimentando US$ 179 milhões — alta de 118% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

O setor calçadista, tradicional no Estado, também manteve desempenho positivo, com US$ 62,7 milhões exportados, avanço de 2,5% na comparação anual.

Na sequência, aparecem as exportações de frutas e nozes não oleaginosas, que atingiram US$ 51 milhões (alta de 56%), e de filés e outras carnes de peixes, com crescimento de 122%, totalizando US$ 14,3 milhões.

No recorte específico de frutas frescas, o crescimento foi de 82,7%, com vendas externas de US$ 4 milhões.

EUA concentram maior volume exportado

Os Estados Unidos (EUA) seguem como principal destino das exportações cearenses. Porém, diante da atual conjuntura – sobretaxas impostas pelos EUA sobre vários países, incluindo o Brasil-, analistas de mercado argumentam que o cenário é propício para que as empresas locais ampliem sua presença internacional.

Estratégias como diversificação de destinos, investimentos em certificações e inovação tecnológica são apontadas como caminhos para sustentar o ritmo de crescimento e reduzir a dependência de poucos parceiros comerciais.