Fundada em 1948, a Puma conta com 22 mil funcionários, faturou € 8,8 bilhões em 2024 e lucrou € 281,6 milhões

A bilionária família Pinault iniciou conversas com potenciais compradores da Puma, após a marca esportiva alemã registrar queda de cerca de 50% em seu valor de mercado no último ano. O interesse em negociar a participação de 29% detida pela holding Artemis foi revelado por fontes ouvidas pela Bloomberg News.

Entre os grupos sondados estão as chinesas Anta Sports, controladora da Fila, e Li Ning, além de empresas norte-americanas do setor esportivo e fundos soberanos do Oriente Médio. As tratativas ainda estão em estágio preliminar, e não há garantia de que resultarão em acordo.

Na Bolsa de Frankfurt, as ações da Puma caíram 5% nessa terça-feira (26), reduzindo parte do salto de 16% registrado no pregão anterior, quando surgiram os primeiros rumores sobre a venda. A empresa é hoje avaliada em € 3,1 bilhões (US$ 3,6 bilhões).

Apesar de rivalizar com gigantes como Nike e Adidas, a Puma não conseguiu aproveitar os tropeços dos concorrentes. Enquanto a Adidas voltou a ganhar mercado com modelos retrô como o Samba e o Gazelle, e a Nike lançou novos tênis de corrida, a Puma demorou a relançar o clássico Palermo e perdeu espaço para marcas emergentes, como On Holding, Hoka e New Balance.

No comando desde 2023, o CEO Arthur Hoeld tenta reverter o fraco desempenho comercial. A companhia já emitiu sucessivos alertas de lucro e recentemente contratou Andreas Hubert, ex-executivo da Adidas, para assumir a diretoria de operações.

Fundada em 1948, a Puma conta com 22 mil funcionários, faturou € 8,8 bilhões em 2024 e lucrou € 281,6 milhões. Patrocinadora do Manchester City, da seleção de Portugal e da equipe de handebol da Dinamarca, a empresa busca recuperar relevância em um mercado altamente competitivo.