A expectativa predominante entre analistas é de manutenção dos níveis atuais: entre 4,25% e 4,5% nos EUA, e 14,75% no Brasil FOTO: Freepik

Autoridades monetárias dos EUA e do Brasil iniciam nesta terça-feira (17) reuniões decisivas para definir o rumo das taxas de juros. A expectativa predominante entre analistas é de manutenção dos níveis atuais: entre 4,25% e 4,5% nos EUA, e 14,75% no Brasil.

Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, 99,8% do mercado acredita que o Federal Reserve manterá os juros. A primeira redução, segundo projeções, deve ocorrer em setembro. No Brasil, o cenário é mais incerto: embora o Boletim Focus projete estabilidade, parte do mercado já precifica chance de alta da Selic.

A tensão no Oriente Médio e os impactos potenciais sobre o preço do petróleo aumentam a cautela internacional, substituindo os temores da guerra comercial entre EUA e China, que deu sinais de arrefecimento.

No Brasil, indicadores econômicos contrastam. O mercado de trabalho segue aquecido, mas a atividade mostra sinais de desaceleração. Diante disso, instituições como o Itaú esperam que o Banco Central mantenha a Selic em patamar elevado por mais tempo, com espaço para subir os juros, caso a inflação volte a se deteriorar.

Na B3, a precificação das opções de Copom indica 56,5% de chance de alta de 0,25 ponto percentual nesta reunião, frente a 42% de manutenção. Em maio, o cenário era bem diferente: apenas 14,5% apostavam em alta.

O BTG Pactual revisou sua projeção e agora espera aumento da Selic, citando inflação de serviços elevada e resiliência da atividade econômica. O próprio BC já vinha sinalizando essa possibilidade.

O resultado das reuniões será conhecido na quarta-feira (18), com impacto direto nas estratégias de política monetária para o segundo semestre.