EXPECTATIVA DE US$ 50 BI
Femtechs impulsionam uma nova fase para o mercado brasileiro de bem-estar
Por Marcelo Cabral - Em 22/12/2025 às 8:11 PM
O mercado brasileiro de cuidado pessoal e bem-estar atravessa um de seus períodos mais vigorosos. Em 2024, o segmento de higiene e beleza movimentou R$ 173,4 bilhões, crescimento de 10,3% em relação ao ano anterior – um desempenho expressivamente superior à média global, estimada em 3,5%, segundo a Euromonitor International. Com esse resultado, o Brasil mantém-se entre os três maiores mercados do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China.

Consumidoras estão mais exigentes e querem clareza por parte das empresas Foto: Divulgação
Por trás da força dos números, no entanto, desenha-se uma transformação mais profunda – e marcadamente feminina. O País acompanha o avanço das femtechs, startups e marcas que combinam tecnologia, ciência e sensibilidade para desenvolver soluções específicas para a saúde da mulher. Trata-se de um movimento alinhado a uma tendência global: estudo da consultoria americana Frost & Sullivan estima que o setor deve movimentar cerca de US$ 50 bilhões este ano, impulsionado pela busca por soluções mais humanas, preventivas e baseadas em evidência científica.
Entre os temas que mais ganham relevância estão saúde íntima, equilíbrio da microbiota, suplementação preventiva, bem-estar hormonal e práticas de autocuidado fundamentadas na ciência. A demanda crescente tem estimulado o surgimento de negócios que priorizam experiências mais humanas, linguagem acessível e educação em saúde – áreas historicamente negligenciadas pela indústria tradicional.
É nesse contexto que emergem marcas como a Ellowa Health, representante de uma nova geração de femtechs brasileiras. Fundada por Gabriel Puerta, profissional com trajetória no mercado financeiro e experiência em marcas DTC (direct to consumer), a empresa nasceu da percepção de uma lacuna relevante: a ausência de soluções que tratassem a saúde íntima feminina com profundidade, acolhimento e rigor científico.
“O Brasil está vivendo um momento de virada cultural na forma como a saúde da mulher é tratada. As consumidoras querem clareza, querem ciência e querem marcas que conversem com elas sem tabu. Essa é a base da nova economia do bem-estar feminino”, afirma Gabriel. “A mulher moderna não busca apenas produtos, ela busca pertencimento, cuidado real e informação confiável”, complementa.
Com consumidoras mais exigentes, profissionais mais atentos e marcas cada vez mais inovadoras, o Brasil consolida-se como um dos ecossistemas mais promissores do mundo para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à saúde feminina. A expansão das femtechs aponta para uma tendência irreversível: o futuro do bem-estar será feminino, científico e profundamente conectado à vida real das mulheres.
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