EXPORTAÇÕES
FGV vê impacto limitado de tarifas dos EUA e mantém previsão de superávit comercial para 2025
Por Redação - Em 19/09/2025 às 12:01 AM

A balança comercial registrou superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto, Freepik
O aumento de tarifas imposto pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros afetou a balança comercial em agosto, mas a tendência é de que o efeito seja passageiro. A avaliação consta no relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado nessa quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Segundo o estudo, parte das exportações antes destinadas aos Estados Unidos já foi redirecionada a outros mercados, como China e Argentina, o que contribuiu para reduzir as perdas. Em agosto, as vendas externas para os EUA caíram 15,4% em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto cresceram 34,6% para a China e 45,7% para a Argentina.
A FGV destacou que setores de manufaturados, tradicionalmente mais difíceis de diversificar, conseguiram compensar parte das perdas por meio de estratégias adotadas por multinacionais instaladas no Brasil. Ainda assim, no acumulado do ano até agosto, o déficit brasileiro com os Estados Unidos aumentou para US$ 3,4 bilhões.
No geral, a balança comercial registrou superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto, acima dos US$ 4,5 bilhões do mesmo mês de 2024. Entre janeiro e agosto, o saldo positivo foi de US$ 42,8 bilhões. A instituição mantém a projeção de encerrar 2025 com superávit entre US$ 62 bilhões e US$ 65 bilhões.
Para os próximos meses, a expectativa é de estabilidade, desde que não sejam anunciadas novas medidas tarifárias por parte de Washington. O relatório ressalta ainda que fatores como a manutenção da taxa básica de juros no Brasil, a redução de juros nos EUA e a perspectiva de maior entrada de capital estrangeiro devem contribuir para preservar a posição externa do país.
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