PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS

FIEC e Amazônia+21 buscam mobilizar recursos financeiros para bioma Caatinga

Por Marcelo Cabral - Em 19/08/2025 às 6:01 PM

Marcelo Thomé, Vilma Freire, Ricardo Cavalcante e Edgar Gadelha destacaram a importância de ações que promovam o desenvolvimento sustentável da Caatinga                       Fotos: Douglas Filho/Portal IN

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) anunciou nesta terça-feira (19), a expansão da Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS) para o bioma Caatinga, em parceria com o Instituto Amazônia+21. A iniciativa pretende mobilizar recursos privados e filantrópicos para financiar projetos socioambientais, fortalecendo cadeias produtivas e promovendo o desenvolvimento sustentável em uma das regiões mais estratégicas do Nordeste.

O evento contou com a presença do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante; do presidente do Instituto Amazônia+21 e da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé; da titular da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), Vilma Freire, e do diretor Financeiro da FIEC, Edgar Gadelha, que preside o Conselho Deliberativo da Associação Caatinga.

Participaram ainda lideranças da federação, como o 1º vice-presidente Carlos Prado; o vice-presidente André Montenegro; o diretor Administrativo Chico Esteves; o diretor Financeiro adjunto Carlos Rubens; o diretor Lélio Matias, além do superintendente do Sesi Ceará e diretor Regional do Senai Ceará, Paulo André Holanda, e demais dirigentes e conselheiros.

Compromisso com a preservação da Caatinga

Durante a solenidade, o presidente da FIEC ressaltou a necessidade de ações estruturadas para a preservação do bioma. “Este momento representa um ponto de partida para desenvolvermos projetos que promovam o replantio e a ampliação de áreas preservadas, com corresponsabilidade de empresas, sociedade e investidores”, destaca Ricardo Cavalcante.

Já Marcelo Thomé enfatizou o papel da Facility como catalisadora de investimentos sustentáveis.
“A Caatinga apresenta grande potencial para projetos de mercado de carbono. A partir deste acordo, poderemos estruturar múltiplos projetos alinhados à realidade do semiárido, mobilizando recursos financeiros e estabelecendo um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico sustentável”, afirma o presidente do Instituto Amazônia+21.

Bioma em evidência nacional

Vilma Freire lembrou a relevância da caatinga na captura de carbono

Representando o Governo do Estado, a secretária do Meio Ambiente reforçou a relevância estratégica da iniciativa. “A Caatinga é o bioma que mais captura carbono e possui enorme potencial para projetos de desenvolvimento sustentável. Esta parceria com a FIEC viabiliza iniciativas concretas que geram emprego, renda e preservação ambiental, colocando o bioma em evidência no cenário nacional”, disse Vilma Freire.

O diretor financeiro da FIEC e presidente do Sindcarnaúba, Edgar Gadelha, destacou a estrutura já disponível para captação de investimentos. “Estamos capacitando o bioma Caatinga para receber investimentos e recursos de fundos privados. Muitos projetos socioambientais já existem, mas ainda em pequena escala. A Facility permitirá ampliar essa atuação, com segurança jurídica e impacto real”, pontua.

Segundo Joaquim Rolim, gerente de Desenvolvimento Sustentável da FIEC, a experiência da FAIS na Amazônia será replicada no semiárido com potencial semelhante. “O objetivo é integrar desenvolvimento econômico, social e ambiental, com apoio financeiro e institucional. A FIEC, com experiência na área, está ampliando sua atuação, e o presidente Ricardo Cavalcante tem demonstrado muito entusiasmo com os resultados”, afirma.

Histórico de atuação ambiental

O presidente da FIEC voltou a destacar o compromisso da entidade com a pauta ESG. “A FIEC tem dedicado esforços significativos a esta temática nos últimos cinco anos. Tivemos a visão de demonstrar a importância da indústria e seu compromisso com a preservação ambiental. Hoje contamos com mais de 50 empresas cadastradas em nosso sistema e iniciamos uma nova etapa, na qual unimos as agendas de ESG e reflorestamento para ampliar a proteção e recuperação do bioma Caatinga”, complementa Ricardo Cavalcante.

Ricardo Cavalcante falou para uma plateia que lotou o espaço onde o evento foi realizado na FIEC

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