Potência industrial

Fiec projeta primeira grande feira da indústria cearense para 2026

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 07/06/2025 às 10:01 AM

Visita Presidente Da Fiec, Ricardo Cavalcante, à Pec Nordeste 2025

Segundo Cavalcante, proposta se inspira no modelo da Pecnordeste, cuja edição 2025 ele visitou na sexta-feira (06), percorrendo estandes dos sindicatos ligados à indústria, como Sindlaticínios, Sindialimentos, Sindcarnaúba, Sindióleo, Sindialgodão e Sindpneus Foto: Divulgação

O setor industrial cearense poderá ganhar, em 2026, sua primeira grande feira própria. Batizada provisoriamente de “Expo Indústria do Ceará“, a mostra está sendo planejada pela Federação das Indústrias do Estado (Fiec) para ocorrer em março do próximo ano, no Centro de Eventos do Ceará, reunindo empresas de diversos portes e segmentos. A informação foi adiantada pelo presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, ao colunista Egídio Serpa, do Diário do Nordeste.

A proposta se inspira no modelo da Pecnordeste, tradicional feira agropecuária que tem lotado os pavilhões do Centro de Eventos nos últimos anos e se consolidado como vitrine do agronegócio cearense. Agora, a Fiec pretende oferecer à indústria local um palco de mesma dimensão e visibilidade.

Queremos mostrar ao cearense, da capital e do interior, a força do nosso parque industrial. Pouca gente sabe, por exemplo, que a M. Dias Branco e a Esmaltec, líderes nacionais em seus segmentos, são empresas daqui”, disse Cavalcante.

Mais de 19 mil empresas no radar

A estrutura do evento está sendo desenhada por um grupo de trabalho liderado pelo primeiro vice-presidente da Fiec, Carlos Prado. A expectativa é apresentar ao público a diversidade e a relevância da produção industrial cearense, que conta com cerca de 19,2 mil empresas — responsáveis por mais de 370 mil empregos no estado.

Segundo Cavalcante, a ideia é provocar nos visitantes o mesmo encantamento que a Pecnordeste costuma gerar. “A feira do agro faz brilhar os olhos dos cearenses. A indústria também pode despertar esse sentimento de orgulho e pertencimento”, afirmou.

Integração entre agro e indústria

O presidente da Fiec também ressaltou a importância da agroindústria e das cadeias produtivas integradas, como a carcinicultura e a retomada da cultura do algodão no interior do estado.

“O camarão era uma proteína rara nas feiras livres do interior. Hoje, está presente na mesa das famílias. Isso é reflexo de uma transformação que envolve todo o ecossistema produtivo”, avaliou.

A proposta da Expo Indústria já foi apresentada ao Governo do Estado. “Nos reunimos com o secretário da Casa Civil, Chagas Vieira, e o governador Elmano de Freitas ficou entusiasmado com a ideia”, afirmou Cavalcante.

O Sistema Fiec — por meio do Sesi, Senai, IEL, CIN e Observatório da Indústria também deverá participar da feira, que tem potencial para se firmar como um dos principais eventos do calendário econômico cearense.

Presença institucional e visita aos expositores

Durante a PEC Nordeste 2025, Cavalcante, também percorreu os estandes dos sindicatos ligados à indústria, como Sindlaticínios, Sindialimentos, Sindcarnaúba, Sindióleo, Sindialgodão e Sindpneus, além de espaços de empresas como Itaueira, Cemag, Agromix e da Associação Caatinga.

“A Faec (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará)  está trazendo uma coisa importante, que é acordar as pessoas sobre a importância da produção. O agronegócio produz, a indústria transforma, o comércio vende e o serviço aplica — temos que estar juntos, unidos”, afirmou Cavalcante, destacando a interdependência das cadeias produtivas.

O presidente da Fiec também visitou a Feira dos Municípios, novidade desta edição do evento, e parabenizou o presidente da Faec, Amílcar Silveira, e sua diretoria pela organização. A PEC Nordeste segue até este sábado (7), com mais de 600 expositores e expectativa de movimentar R$ 150 milhões em negócios.

 

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