Cidades Bilionárias
Fortaleza lidera no Nordeste e entra no top 5 das maiores receitas do país
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 26/05/2025 às 7:00 AM

Com receita superior a R$ 8,5 bilhões, Fortaleza sustenta sua relevância econômica por meio de um comércio ativo, polos industriais em expansão e uma base diversificada de serviços Foto: Divulgação
Fortaleza, Salvador e Recife figuram entre os 15 municípios com as maiores receitas públicas do Brasil, segundo levantamento recente do portal Brasil 61 baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2021 e 2022. A capital cearense aparece em posição de destaque no cenário nacional: é a quinta maior arrecadação do país, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba — e ocupa a liderança regional no Nordeste.
Com receita superior a R$ 8,5 bilhões, Fortaleza sustenta sua relevância econômica por meio de um comércio ativo, polos industriais em expansão e uma base diversificada de serviços. Salvador aparece na sétima posição, com R$ 7,6 bilhões, enquanto Recife está no 11º lugar, com receitas em torno de R$ 5,9 bilhões.
O estudo do Brasil 61 identificou que 92 cidades brasileiras ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão em receitas públicas, abarcando mais de um terço da população e respondendo por cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Analistas econômicos destacam que esse crescimento aponta para uma descentralização gradual da concentração econômica nas grandes metrópoles e uma melhora consistente na arrecadação municipal.
Nordeste com 13 cidades bilionárias
Além das três capitais no topo do ranking, a região Nordeste conta com outras dez cidades bilionárias: João Pessoa, Campina Grande, Camaçari, Feira de Santana, Maceió, Aracaju, Natal, São Luís, Jaboatão dos Guararapes e Ipojuca.
Campina Grande (PB) merece atenção especial, com receita próxima a R$ 1,2 bilhão. O município, segundo maior PIB da Paraíba, destaca-se pela indústria de transformação, sobretudo nos setores de bebidas e têxteis, além de um comércio e serviços sólidos.
Fatores que impulsionam a arrecadação
A economia diversificada do Nordeste, que inclui turismo relevante em Fortaleza, Salvador e Recife, indústria crescente, serviços robustos e investimentos em infraestrutura, é fundamental para sustentar a arrecadação pública. Transferências governamentais ainda têm papel importante, sobretudo para municípios com desafios socioeconômicos históricos.
Desde 2018, quando o Brasil tinha 65 cidades com receitas bilionárias, houve crescimento constante: 82 municípios em 2020 e 92 no levantamento mais recente. O fenômeno destaca a emergência de novos polos econômicos, com o Nordeste assumindo papel cada vez mais central no mapa fiscal do país.
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