Com a queda, Zuckerberg foi ultrapassado por Jeff Bezos, da Amazon, e Larry Page, cofundador da Alphabet

A fortuna de Mark Zuckerberg recuou para US$ 235,2 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index, após uma forte desvalorização das ações da Meta, que caíram 11% nessa quinta-feira (30) — a maior perda desde 2022. O movimento fez o fundador da empresa cair para o quinto lugar entre os mais ricos do mundo, seu nível mais baixo em quase dois anos.

A reação negativa do mercado ocorreu após o anúncio de que a Meta pretende emitir US$ 30 bilhões em dívida, a maior operação do tipo neste ano entre empresas com grau de investimento. O objetivo é ampliar os investimentos em pesquisa e infraestrutura de inteligência artificial, o que gerou preocupação sobre o aumento dos gastos da companhia.

Com a queda, Zuckerberg foi ultrapassado por Jeff Bezos, da Amazon, e Larry Page, cofundador da Alphabet, que voltaram ao grupo dos quatro bilionários mais ricos. A fortuna do CEO da Meta encolheu US$ 29,2 bilhões em um único dia, a quarta maior perda diária já registrada no índice da Bloomberg.

Antes do recuo, as ações da Meta acumulavam alta de 28% no ano, sustentadas pelo crescimento das receitas de publicidade e pela aposta em IA generativa. No entanto, a projeção de investimentos de até US$ 118 bilhões em 2025, e possivelmente mais em 2026, levou analistas a reduzir a recomendação para os papéis.

Enquanto isso, Amazon e Alphabet tiveram desempenho oposto. As ações da Amazon subiram mais de 30% desde abril, impulsionadas pela expansão da AWS, sua divisão de computação em nuvem. Já a Alphabet avançou 2,5% após divulgar resultados acima do esperado, beneficiada pela demanda crescente por serviços de IA e nuvem.