No acumulado de 2025, o setor soma entrada líquida de R$ 110,9 bilhões

Os fundos de investimento brasileiros encerraram setembro com captação líquida de R$ 20,1 bilhões, revertendo o desempenho negativo de agosto, quando houve resgate de R$ 5,9 bilhões. Os dados foram divulgados nessa terça-feira (7) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O resultado positivo foi impulsionado, principalmente, pelos fundos de renda fixa, que tiveram entrada líquida de R$ 42,9 bilhões no mês, após uma saída de R$ 3,8 bilhões em agosto. O desempenho reflete o ambiente de juros elevados e a busca dos investidores por aplicações mais conservadoras.

Os ETFs (fundos de índice) também apresentaram bom desempenho, com captação líquida de R$ 2,6 bilhões, superando os R$ 978 milhões de agosto.

Na direção oposta, FIDCs, multimercados e fundos de ações registraram resgates líquidos de R$ 7,8 bilhões, R$ 5,4 bilhões e R$ 3,4 bilhões, respectivamente.

Acumulado do ano

No acumulado de 2025, o setor soma entrada líquida de R$ 110,9 bilhões, abaixo do resultado do mesmo período de 2024, quando o saldo positivo era de R$ 301,9 bilhões. No ano passado como um todo, os fundos captaram quase R$ 116 bilhões.

Entre as categorias, a renda fixa lidera com R$ 150,2 bilhões em captação, enquanto os multimercados e os fundos de ações seguem com saídas de R$ 73,3 bilhões e R$ 50,4 bilhões, respectivamente.

O desempenho mostra que, mesmo com oscilações mensais, os investidores seguem priorizando segurança e previsibilidade em um cenário de incertezas econômicas.