O Grupo Armani cresceu de forma exponencial, alcançando um faturamento anual de 2,3 bilhões de euros

O mundo da moda perdeu nesta quinta-feira (4) um de seus maiores ícones: o estilista italiano Giorgio Armani, aos 91 anos. Reconhecido mundialmente por sua marca homônima, Armani figurava entre os bilionários da Forbes, com um patrimônio avaliado em US$ 12,1 bilhões.

Fundado em 1975, o Grupo Armani cresceu de forma exponencial, alcançando um faturamento anual de 2,3 bilhões de euros (R$ 14,5 bilhões). O início da trajetória do estilista é simbólico: para viabilizar o negócio, ele vendeu seu Volkswagen Fusca, transformando o gesto em ponto de partida para um império global.

Na última lista da Forbes, Armani ocupava a 208ª posição entre os mais ricos do mundo. Seu patrimônio praticamente dobrou desde 2016, quando somava US$ 6,1 bilhões. A virada em sua carreira aconteceu nos anos 1980, após vestir o ator Richard Gere no filme Gigolô Americano, sucesso que projetou sua marca internacionalmente.

Ao longo das décadas, Armani diversificou os negócios: além da alta-costura, investiu em perfumes, acessórios, maquiagem, roupas esportivas, imóveis, restaurantes, hotéis e design de interiores. Também foi proprietário do clube de basquete Olimpia Milano e assinou uniformes para as seleções olímpicas e paralímpicas italianas.

Em um mercado cada vez mais dominado por conglomerados como LVMH (Louis Vuitton) e Kering (Gucci), Armani se destacou por manter o controle integral de sua empresa até o fim da vida. Até o momento, não há sucessor definido para liderar o grupo.

A morte do estilista foi confirmada pela assessoria do Grupo Armani. Ele já vinha enfrentando problemas de saúde e, em junho, deixou de participar pela primeira vez de um desfile de sua marca na Semana de Moda Masculina de Milão.