EXPANSÃO DE PORTFÓLIO

Goldman Sachs aportará R$ 2,1 bilhões na fintech de consignados Meu Tudo, do cearense Márcio Feitoza

Por Marcelo - Última Atualização 14 de junho de 2021

Oferecer novos produtos ao mercado de empréstimos consignados, inclusive o mais novo modelo liberado pelo Banco Central, que é vinculado ao FGTS, é o principal objetivo da fintech Meu Tudo, do empresário cearense Márcio Feitoza, que firmou nesta sexta-feira (11), um acordo com a Goldman Sachs Asset Management, para o aporte de R$ 2,1 bilhões para sete novas operações de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

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Marco e Márcio Feitoza

Depois de cometer um erro ao simplesmente disponibilizar recursos para o Nubank, sem participar como sócia, no caso da Meu Tudo a Goldman Sachs condicionou que a transação vai implicar no ingresso da instituição financeira norte-americana no capital da empresa brasileira.

Tendo iniciado sua atuação há quatro anos, quando era um marketplace que comercializava empréstimos consignados de vários bancos, no segundo semestre do ano passado passou a realizar operações de crédito próprio, viabilizados por FIDCs.

Apesar de ser uma plataforma digital, a Meu Tudo atua num segmento onde cerca de 50% dos seus possíveis clientes são aposentados, e por serem mais idosas, nem sempre estão conectadas com os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos.

A seu favor, a fintech tem a taxa cobrada dos clientes, que é de 1,2% ao mês, enquanto a maioria das empresas que atuam com crédito consignado tem cobrado 1,8% mensais, segundo o fundador Márcio Feitoza  explicou ao Brazil Journal.

Inicialmente, a Goldman Sachs disponibilizará um FIDC de R$ 300 milhões para a Meu Tudo, mas vai ficar com as cotas subordinadas, que têm maior risco, mas também apresentam o melhor retorno, geralmente representando 30% do fundo.

Quando este primeiro aporte for negociado pela fintech, o banco norte-americano disponibilizará um novo fundo de R$ 300 milhões, além de mais outros cinco de igual valor, que serão aportados toda vez que a Meu Tudo encerrar o valor do fundo disponibilizado anteriormente.

Um cartão de crédito vinculado ao salário também é um produto novo que a Meu Tudo pretende lançar no mercado, com os FIDCs captados junto à Goldman. A fintech possui cerca de 200 mil clientes na fila de espera para realizar a portabilidade e sua produção de crédito, em maio, foi de R$ 30 milhões para R$ 75 milhões, apenas com a liberação de quatro mil novos clientes.

Isso demonstra o alto grau de escalabilidade que o negócio da Meu Tudo pode atingir em um curto espaço de tempo. Estes bons números são tão positivos, que a Meu Tudo tem negociado com outros fundos, visando captar entre R$ 150 milhões e R$ 250 milhões no decorrer dos próximos meses.

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