Fórum Futuro da Tributação

Governo do Ceará defende em Lisboa plano pioneiro de desenvolvimento pós-reforma tributária

Por Marlyana Lima - Em 04/10/2025 às 6:26 PM

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Secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Alexandre Cialdini no II Fórum Futuro da Tributação, em Lisboa – Fotos: Divulgação

O secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Alexandre Cialdini, defendeu, no II Fórum Futuro da Tributação, em Lisboa, a importância do planejamento estratégico e da inovação para enfrentar os desafios que os estados brasileiros terão após a entrada em vigor da reforma tributária, em 2026.

Durante o painel “Desenvolvimento regional sem benefícios fiscais no IVA/IBS”, Cialdini apresentou as ações do Governo do Ceará para manter o crescimento econômico e atrair investimentos, mesmo com a redução dos incentivos fiscais. “No Ceará, trabalhamos a importância da ação planejada olhando o aspecto da governança interfederativa, que tem que atrair municípios, setor privado e organizações do terceiro setor”, afirmou.

Ele destacou o mapa georreferenciado dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), que integra dados sobre infraestrutura estratégica — como Transnordestina, Porto do Pecém, Porto Seco de Quixeramobim, data centers e cabos submarinos —, além de identificar novas oportunidades, como o mercado halal, que movimenta cerca de US$ 7,5 bilhões. “Esse mapeamento está nos ajudando a produzir uma ação planejada”, disse.

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Secretário Alexandre Cialdini em Portugal

Cialdini ressaltou ainda o desafio de diversificar a pauta exportadora e abrir novos mercados diante das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos. Para isso, defende um novo quadripé de desenvolvimento, baseado na Transnordestina, Porto Seco, ZPE e Porto do Pecém.

O secretário também apresentou o programa Ceará Um Só, voltado à governança interfederativa e à preparação dos municípios para o novo cenário tributário. “É um trabalho intenso de diálogo e oferta de oportunidades para que eles estejam preparados para esse novo contexto e reduzam a dependência da transferência de recursos”, explicou.

Realizado pelo Fórum de Integração Brasil-Europa, o evento reuniu autoridades, economistas e gestores públicos para discutir os rumos da tributação frente à digitalização, à sustentabilidade fiscal e à reorganização federativa.

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