MITIGAR IMPACTOS
Governo do Ceará decreta situação de emergência diante do ‘tarifaço’ dos EUA
Por Marcelo Cabral - Em 04/09/2025 às 6:51 PM

Setor calçadista sofreu forte impacto com o ‘tarifaço’ imposto pelos EUA Foto: Nívia Uchôa/Ascom SPS
O Governo do Ceará decretou situação de emergência em resposta ao aumento de 50% nas tarifas de importação dos Estados Unidos sobre uma série de produtos brasileiros, medida em vigor desde o mês passado. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira (3), altera a Lei nº 19.384, de 7 de agosto de 2025, ao incluir dispositivo apenas para tratar do estado emergencial.
A medida reconhece um cenário de comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público, condição menos grave que o estado de calamidade, mas que demanda ações imediatas para conter os impactos econômicos. O decreto tem como objetivo proteger o setor produtivo cearense, um dos mais afetados do Brasil, já que aproximadamente 50% das exportações do Estado têm como destino compradores dos Estados Unidos.
Pacote de apoio ao setor produtivo
Com o intuito de reduzir perdas para as empresas exportadoras e preservar o fluxo de negócios com o mercado norte-americano, o governo estadual anunciou um conjunto de medidas emergenciais. O pacote inclui iniciativas voltadas a mitigar prejuízos, dar fôlego ao setor e manter a competitividade internacional das companhias cearenses.
Entre as principais medidas de mitigação dos impactos do ‘tarifaço’ do governo norte-americano, que foram implementadas com a alteração da Lei nº 19.384/2025, estão:
* Compra direta de produtos alimentícios pelo Estado, visando fortalecer cadeias produtivas locais;
* Redução de encargos financeiros vinculados ao Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI);
* Aquisição de crédito de exportação para garantir capital de giro;
* Subvenção econômica para auxiliar empresas na manutenção de contratos com o mercado norte-americano.
As tarifas adicionais impostas pelo governo norte-americano impactaram diretamente empresas cearenses de diferentes segmentos, com destaque para os setores de calçados, têxteis, frutas, pescado e produtos industrializados. Segundo avaliação do Poder Executivo estadual, sem medidas de mitigação, essas cadeias produtivas podem enfrentar uma queda significativa no faturamento e, consequentemente, na geração de empregos.
Mais notícias
IMPACTO NO TURISMO




























