Diferentemente do modelo atual, que transfere dinheiro diretamente às famílias, o novo programa garantirá a retirada gratuita de um botijão de 13 kg em pontos de revenda FOTO: Agência Brasil

O governo federal deve reservar cerca de R$ 5 bilhões no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 para financiar o novo programa de subsídio ao gás de cozinha. A proposta, que substituirá o atual Auxílio Gás, será enviada ao Congresso Nacional até esta sexta-feira (29).

Segundo integrantes da equipe econômica, a dotação garantirá a continuidade do benefício, mesmo durante a transição para o novo modelo. O valor representa um aumento de 39% em relação aos R$ 3,6 bilhões destinados neste ano ao programa em vigor.

A medida provisória que formalizará a iniciativa está em fase final de ajustes e deverá ser enviada ao Legislativo em setembro. A expectativa do Executivo é iniciar a operação ainda em 2025. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia confirmado a aprovação da proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O novo formato ampliará o alcance do benefício, atendendo 17 milhões de famílias – o equivalente a cerca de 50 milhões de brasileiros. Hoje, pouco mais de 5,1 milhões de famílias recebem o Auxílio Gás, criado em 2021 no governo Jair Bolsonaro. O valor médio repassado em agosto foi de R$ 108, conforme o preço calculado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Diferentemente do modelo atual, que transfere dinheiro diretamente às famílias, o novo programa garantirá a retirada gratuita de um botijão de 13 kg em pontos de revenda. O governo definirá preços de referência por estado e, caso a compra seja feita por valor inferior ao teto, a diferença será creditada ao beneficiário. A gratuidade será limitada a um botijão por família.

Em discurso recente, Lula destacou que a proposta busca ampliar o acesso ao gás de cozinha e reduzir a desigualdade social. “Vamos distribuir gás de cozinha de graça para milhões de famílias”, afirmou em evento em Sorocaba (SP).